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Putin propôs dividir Ucrânia com Polônia, diz ex-ministro polonês

O presidente russo teria declarado em 2008 que a Ucrânia é um país artificial

Internacional|

O relato de Sikorski não é a primeira sugestão de que a Rússia estaria em busca de apoio para dividir a Ucrânia
O relato de Sikorski não é a primeira sugestão de que a Rússia estaria em busca de apoio para dividir a Ucrânia O relato de Sikorski não é a primeira sugestão de que a Rússia estaria em busca de apoio para dividir a Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, propôs ao então líder da Polônia que dividissem a Ucrânia entre eles ainda em 2008, afirmou o presidente do Parlamento polonês, Radoslaw Sikorski, em uma entrevista publicada no site norte-americano Politico.

De acordo com Sikorski, que até setembro serviu como ministro das Relações Exteriores da Polônia, Putin fez a proposta durante a visita do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, a Moscou em 2008.

“Ele queria que participássemos dessa partição da Ucrânia... essa foi uma das primeiras coisas que Putin disse ao meu primeiro-ministro, Donald Tusk, quando ele visitou Moscou."

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“Ele (Putin), em seguida, disse que a Ucrânia é um país artificial e que Lwow é uma cidade polonesa, e perguntou por que simplesmente não a repartimos”, teria declarado Sikorski na entrevista de 19 de outubro.

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Antes da Segunda Guerra Mundial, o território polonês incluía partes do atual oeste ucraniano, inclusive algumas grandes cidades como Lwow, conhecida como Lviv na Ucrânia.

Segundo Sikorski, que acompanhou o premiê em sua estadia na capital russa, Tusk não respondeu à sugestão de Putin por saber que estava sendo gravado, mas a Polônia jamais expressou qualquer interesse em se unir à operação russa.

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"Nós deixamos isso muito, muito claro para eles, não queríamos nos envolver com isso", disse Sikorski na entrevista.

Após a publicação da entrevista, Sikorski disse que não estava inteiramente correta.

"Algumas das palavras foram mal interpretadas", escreveu Sikorski em sua conta no Twitter na noite desta segunda-feira, acrescentando que a Polônia não participa de anexações.

Nem o Ministério das Relações Exteriores da Polônia, nem oficiais russos estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

"Se tal proposta foi feita por Putin, então isso é escandaloso", disse Ewa Kopacz, que substituiu Tusk como premiê, na noite desta segunda-feira em uma entrevista à emissora pública TVP.

Tusk deixou o cargo para assumir uma posição em Bruxelas, na Bélgica.

"Nenhum primeiro-ministro polonês vai participar de uma atividade tão vergonhosa como particionar outro país", disse ela, acrescentando que não tinha ouvido falar sobre essa proposta antes.

O relato de Sikorski não é a primeira sugestão de que a Rússia estava em busca de apoio da Polônia para dividir a Ucrânia.

Após a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, o presidente do Parlamento russo, Vladimir Zhirinovsky, enviou uma carta aos governos de Polônia, Romênia e Hungria propondo uma divisão conjunta do país.

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