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Brasileira estaria entre reféns em cafeteria na Austrália

Mulher é agarrada por policial depois de conseguir deixar a cafeteria onde era mantida refém havia horas no centro de Sydney - Rob Griffith/AP
Mulher é agarrada por policial depois de conseguir deixar a cafeteria onde era mantida refém havia horas no centro de Sydney Imagem: Rob Griffith/AP

Renan Antunes de Oliveira

Do UOL, em Florianópolis

15/12/2014 08h42Atualizada em 15/12/2014 12h11

Uma brasileira que vive em Sydney estaria entre as pessoas mantidas reféns por um homem armado em uma cafeteria australiana há várias horas.

A família confirmou a informação para a rádio estatal SBS da Austrália; a polícia, porém, não confirmou o fato pois mantém a situação em sigilo. 

Segundo a família, a refém conseguiu postar uma mensagem que estaria sendo usada pela polícia para negociar com o sequestrador.

No site oficial da rádio, foi publicado que a cunhada da brasileira pediu orações pelos reféns e que há um post em inglês circulando por redes sociais que supostamente seria da brasileira com as demandas do sequestrador. A família da brasileira pede que este post não seja distribuído.

A mídia, tanto australiana como mundial, está evitando divulgar as demandas do sequestrador e a identidade dos reféns, para não prejudicar o trabalho de negociação da polícia. Ele teria feito três demandas, não reveladas. 

Um irmão da suposta refém, que se identificou apenas como Jorge à "Globonews", disse que a brasileira teria conseguido fazer contato pelo Facebook com a família. Mas que eles não têm certeza de que as mensagens são realmente dela ou se estão sendo orquestradas pelo criminoso. Ele não deu muitas informações, segundo ele por seguir orientações da própria polícia australiana. A brasileira trabalharia como personal trainer no país.

A polícia da Austrália entrou em contato com o homem que mantém reféns em uma lanchonete no centro de Sydney e assegura que quer resolver o sequestro de forma pacífica.

Segundo a direção do Lindt Chocolate Cafe, dez funcionários e cerca de 30 clientes estão dentro do local. O número não foi confirmado pela polícia. Cinco pessoas conseguiram sair da cafeteria, situada na área comercial de Martin Place. Em nota oficial, a empresa disse que "agradece ao apoio" e que estão "muito preocupados com esse sério incidente". "Nossos pensamentos e preces estão com os funcionários e os clientes envolvidos, além das famílias deles e amigos. As autoridades estão lidando com o problema e estamos esperando novidades deles."

"Queremos resolver esta situação de forma pacífica. Pode ser que leve tempo, mas esta é nossa intenção", disse Catherine Burn, vice-delegada da polícia de Nova Gales do Sul.

A polícia fechou parte do centro de Sydney e retirou os moradores como medida de precaução o que, segundo Catherine, não teve consequências de destaque no funcionamento do transporte púbico.

O famoso prédio da Ópera de Sydney também foi evacuado e todos os eventos programados para esta segunda-feira foram cancelados.

O sequestro começou no início da manhã desta segunda-feira (15). O suspeito é um homem de cerca de 40 anos de idade.

Imagens de televisão mostraram pessoas no interior da loja, com as mãos espalmadas contra o vidro. Uma bandeira preta com frases islâmicas foi exibida na janela.