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Melhor ataque do Brasileirão, Cruzeiro perde poder de fogo no segundo turno

Média, que era de 2,2 gols por jogo, cai para 1,1 no returno da competição.
Lucas Silva credita à ansiedade na hora de finalizar; Éverton Ribeiro discorda

Por Belo Horizonte

Nenhum time fez tantos gols neste Brasileirão quanto o Cruzeiro: 53 em 30 jogos, uma média de quase dois por partida. Só que este poder de fogo da Raposa não tem sido o mesmo no segundo turno. Se nas 19 primeiras rodadas o líder balançou as redes 41 vezes, nas últimas onze foram apenas 12 gols marcados. A média que era de 2,2 caiu para 1,1. Ou seja, pela metade. O time não tem conseguido superar as defesas adversárias da mesma forma - o empate por 1 a 1 com o Palmeiras, nessa quarta-feira, no Mineirão, foi um exemplo. Quando não sofre com atuações menos inspiradas, caso dos jogos contra Flamengo, Corinthians e Sport (três jogos em que não marcou gols), a equipe de Marcelo Oliveira tem parado na falta de sorte, na falta de capricho ou em defesas iluminadas do goleiro adversário.

 


A atuação de Fernando Prass foi o fator mais decisivo no jogo de quarta-feira, contra o Palmeiras, no Mineirão (veja o vídeo acima). A Raposa martelou em busca do gol. Finalizou 22 vezes, criou oito oportunidades claras, mas só chegou ao gol de forma sofrida, nos acréscimos. Uma boa ilustração foi a chance do atacante Marquinhos no primeiro tempo, em que o goleiro alviverde teve duas boas participações no mesmo lance.

- É verdade. Quando bati a primeira bola ele fez uma grande defesa. Na segunda bola, eu pensei que o zagueiro ia prensar comigo, tentei chutar e chutei no meio de novo. Foi uma bela defesa dele. Mas a gente tem que trabalhar, buscar para na próxima conclusão chutar um pouco mais no canto. Mas foi mérito do goleiro também.

Lucas Silva em ação pelo Cruzeiro na partida contra o Palmeiras (Foto: Reprodução/Premiere)Lucas Silva admite "um pouco de ansiedade"
(Foto: Reprodução/Premiere)

Os jogadores do time mineiro reconhecem a boa atuação de Prass, mas sabem que a queda de rendimento vai mais além. Para o volante Lucas Silva, a oscilação do Cruzeiro nos últimos jogos tem gerado ansiedade para abrir logo o placar.

- Há um pouco de ansiedade. A gente chega no ataque e não tem tido aquela frieza para colocar a bola para dentro. É natural que quando faz isso o adversário abaixe a guarda. E precisamos fazer isso.

Artilheiro do time no Brasileirão, com 12 gols, Marcelo Moreno não balança as redes desde o jogo contra o Internacional, há cinco rodadas. Vice-artilheiro do time, com 11 tentos, Ricardo Goulart vinha sendo desfalque, voltou contra o Palmeiras e deu mostras do bom entendimento habitual com Éverton Ribeiro, que também desfalcou a equipe em alguns jogos. Pelo dois passa a expectativa da Raposa para a sequência.

 A gente tem que caprichar um pouquinho mais nos próximos jogos para sair na frente e facilitar a partida.
Éverton Ribeiro

Éverton Ribeiro considera normal o momento cruzeirense, principalmente pela postura fechada dos adversários. Ele, no entanto, destaca a necessidade de caprichar um pouco mais diante do gol.

- A gente tem que caprichar um pouquinho mais nos próximos jogos para sair na frente e facilitar a partida. Acho que não tem ansiedade. Está é pecando um pouquinho mesmo e, às vezes, o goleiro indo bem. Isso é do jogo. A gente só tem que tentar matar o jogo mais rápido, para ter mais tranquilidade.

O Cruzeiro volta a campo neste sábado, contra o Figueirense, às 16h20 (de Brasília), no Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Depois de sofrer para vazar a pior defesa da competição, o Palmeiras, o time mineiro pegará a terceira pior. O time catarinense levou 41 gols neste Brasileirão.