O delegado Roberto Amorim, da Delegacia de Roubos e Furtos, começou a ouvir, na segunda-feira (20), os familiares e funcionários que estavam na casa do empresário José Aparecido Bravo, que era conhecido como Zé Bravo, assassinado na última quinta-feira (16), no bairro Santa Cruz, em Cuiabá.
A pedido de Amorim, a juíza Maria Rosi de Meira Borba, da 8º Vara Criminal de Cuiabá, decretou a prisão preventiva do pedreiro Robson Ferreira da Silva, de 24 anos, por participação no assassinato.
O depoimento da esposa de Bravo e da empregada da família, segundo o delegado, devem contribuir para esclarecer a autoria do assassino, já que o único preso, até o momento, o pedreiro, que ajudava o avô na construção da piscina da casa do empresário, negou que tenha disparado os cinco tiros que mataram Bravo.
“Começamos a ouvir as testemunhas oculares do crime. A esposa, a empregada e até o pedreiro que estava na casa serão peças fundamentais para nós chegarmos aos autores do crime. Sabemos que, além de Robson, que agiu como coautor da tentativa de assalto, outros dois participaram do crime, que terminou em morte”, disse Roberto Amorim.
"Começamos a ouvir as testemunhas oculares do crime. A esposa, a empregada e até o pedreiro que estava na casa serão peças fundamentais para nós chegarmos aos criminosos"
As imagens das câmeras instaladas na porta da casa de Zé Bravo sugerem que dois rapazes participaram da tentativa de assalto, porém o portão foi aberto por Robson, que foi preso em flagrante, minutos depois da tentativa de assalto.
“A Polícia Civil procura dois suspeitos de participarem do assassinato. Um seria Cleiton Ratinho e o outro conhecido como Neguinho. A única dúvida é sobre quem atirou. Por isso, os familiares vão nos passar detalhes do autor dos disparos que mataram o empresário porque estava muito nervoso e achou que a vítima iria reagir ao assalto”, afirmou o delegado.
Quando Robson foi preso, os policiais encontraram com ele um celular e, na checagem, segundo o delegado, havia várias ligações para Ratinho, o que levou à sua prisão.
Conforme os PMs, o suspeito disse que o roubo ocorreu porque ele tinha informações de que o empresário José Bravo iria fazer o pagamento de funcionários e estaria “com muito dinheiro”.
Ele acrescentou que Cleiton Ratinho e mais um entraram na casa, com o objetivo de assaltar o empresário. Outros três bandidos ficaram do lado de fora.
Testemunhas disseram que Bravo foi executado porque o seu celular teria tocado e, ao fazer o gesto de que iria pegar o aparelho no bolso, os ladrões acharam que teria uma arma.
De acordo com o delegado Roberto Amorim, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos já estão no encalço dos suspeitos, mas precisa de um mandado de prisão temporária ou preventiva para que eles sejam detidos.
“A lei diz que, se eles forem pegos sem mandado, não podem ser presos porque já passou do flagrante. Isso atrapalharia nossas investigações. Por isso, após os depoimentos, vamos representar pela prisão e atuar na detenção deles”, disse o delegado.
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