06/10/2015 12h49 - Atualizado em 06/10/2015 13h18

Bancários de 800 agências do Distrito Federal entram em greve

Categoria pede reajuste de 16% no salário; Fenaban oferece 5,5%.
Sindicato diz que 20 mil dos 27 mil bancários pararam nesta terça.

Jéssica NascimentoDo G1 DF

 (Foto: Agnaldo Azevedo / Sindicato dos Bancários do DF) Bancários se reúnem em assembléia
(Foto: Agnaldo Azevedo / Sind. dos Bancários do DF)

Bancários de 800 agências do Distrito Federal entraram em greve nesta terça-feira (6). Segundo o sindicato da  categoria, 20 mil dos 27 mil bancários do DF aderiram à paralisação. Eles pedem reajuste de 16% no salário, contratações por meio de concursos públicos nos bancos estatais e cinco anos de estabilidade em bancos privados. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece 5,5% de reajuste para salários e vales. A paralisação é por tempo indeterminado.

Uma nova assembleia da categoria será realizada nesta terça às 17h, na Praça do Cebolão (SBS), em Brasília, para avaliar os rumos do movimento e traçar novas estratégias. “Além de reajustes econômicos, nós também pedimos mais segurança e saúde para os trabalhadores. Queremos a instalação de biombos entre os caixas de atendimento para que as pessoas não vejam as transações realizadas”, informou o presidente do Sindicato dos Bancários do DF, Eduardo Araújo.

Segundo Eduardo Araújo, a categoria também pede totens rotativos em todas as agências e redução e negociação das metas. “O bancário fica pressionado e isso acarreta diversas doenças crônicas, estresse e também o assédio moral que é presente na vida de diversos bancários. As negociações tiveram início na primeira quinzena de agosto, quando a pauta foi entregue, mas de lá para cá ouvimos uma sequência de ‘nãos’."

Paralisação atinge bancos públicos e privados no DF (Foto: Isabella Calzolari)Paralisação atinge bancos públicos e privados no DF (Foto: Isabella Calzolari)
As negociações tiveram início na primeira quinzena de agosto, quando a pauta foi entregue, mas de lá para cá ouvimos uma sequência de ‘nãos’."
Eduardo Araújo,
presidente do Sindicato dos Bancários do DF

Atualmente o piso dos bancários é de R$ 1.780. Com o reajuste, o salário poderia ir para R$ 3.299,66. A Fenaban oferece piso de R$ 2.560,23.

Em nota, a Fenaban informou que a proposta dos bancos tem o objetivo de compensar perdas da inflação passada. “No momento delicado da economia, a proposta apresentada visa compensar perdas decorrentes da inflação passada, sem contaminar os índices futuros, o que iria contra todos os esforços do governo para reequilibrar os fundamentos macroeconômicos, possibilitando a retomada do crescimento econômico”, diz o documento.

Serviços
Os clientes podem fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.

A analista de sistemas Sonia Paula, 33 anos, se antecipou e pagou todas as contas da casa. “Fui semana passada ao banco e resolvi tudo o que estava pendente. Sabemos como as greves demoram e não quis arriscar. Agora, se precisar de algo, utilizo a internet ou caixa rápido”.

Para o bancário Rui César, 25 anos, a greve é "necessária e justa". “Os salários nos bancos não são compatíveis com a pressão que os funcionários sofrem e nem com o tamanho da  responsabilidade deles, principalmente os que trabalham em agências”.

O Banco Regional de Brasília (BRB) se reúne nesta terça com o Sindicato da categoria para estudar propostas.

Shopping
    busca de produtoscompare preços de