Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

No Carnaval da Vila Madalena, homens são maioria e eles não queriam blocos de rua

Pesquisa preliminar da secretaria municipal de Cultura traçou um perfil dos foliões que foram até a bairro nobre de São Paulo para aproveitar o Carnaval

Por Da Redação
10 fev 2016, 07h57

Homens, de 18 a 24 anos, foram maioria nas noites de Carnaval deste ano na Vila Madalena, bairro nobre da Zona Oeste de São Paulo. Eles não moram no bairro, chegaram de transporte público e nunca haviam participado de carnavais de rua. Eles também não foram para nenhum bloco específico, mas só para a Vila. Os dados são preliminares e fazem parte de uma pesquisa feita a pedido da Secretaria Municipal de Cultura nas ruas do bairro entre sábado e domingo, com 1.200 entrevistas. Ela reforça a impressão de que quem foi até o bairro durante os dias de folia estava ali em busca de um “rolezinho”, não de um Carnaval de rua.

O levantamento mostra que 68% dos frequentadores não são da Vila. Ao todo, 56% são homens e 52% do público tem entre 18 e 24 anos. A maioria masculina fez ser comum práticas e relatos de assédio e atitudes desrespeitosas com as garotas. Rodas de garotos se formaram ao redor de um rapaz e de uma moça que conversavam e os grupos gritavam “beija, beija” para a dupla. Algumas das meninas atendiam a “plateia” na hora, contentes com o novo par. Outras, visivelmente incomodadas, pediam para parar – mas não eram obedecidas. Houve quem fosse resgatadas por amigos, mas também quem teve de empurrar os rapazes e gritar “não” para se livrar do assédio.

Leia mais:

Império de Casa Verde é a grande campeã do Carnaval de São Paulo

Continua após a publicidade

Ainda de acordo com a pesquisa, metade do público da Vila Madalena chegou no bairro neste Carnaval entre 16 horas e 20 horas, horário em que os blocos de rua já haviam acabado. Mas 84% não foram para nenhum bloco específico. Levando em conta só esse público, que foi para a Vila sem ter ido atrás de blocos, 39% responderam que escolheram o bairro “porque o lugar é badalado”. Além disso, 40% disseram que foram à Vila “para acompanhar amigos”. E 99% deles não sabiam que, a poucos quarteirões dali, no Largo da Batata, aconteciam shows após os blocos – outra tentativa da prefeitura de tirar gente da área ao redor da rua Aspicuelta.

Segundo o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki, o número de reclamações sobre o Carnaval do bairro foi “menor” neste ano. “Os dados servirão para avaliar o que pode mudar no ano que vem”, disse. A prefeitura avalia que é possível achar formas de fazer os jovens buscarem mais locais para fazer festas paralelas no Carnaval do ano que vem, reduzindo o estresse entre moradores e os blocos de rua.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.