28/08/2016 10h15 - Atualizado em 28/08/2016 12h56

Senador de MT passa mal e é internado em hospital de Brasília

Senador Wellington Fagundes (PR) foi diagnosticado com diverticulite.
Ele acompanhava sessão do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Denise SoaresDo G1 MT

Senador Wellington Fagundes (Gnews) (Foto: Reprodução GloboNews)Senador Wellington Fagundes (Gnews) (Foto: Reprodução GloboNews)

O senador Wellington Fagundes (PR-MT), de 59 anos, foi internado na noite deste sábado (27) depois de se sentir mal durante a sessão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Segundo a assessoria de imprensa do senador, Fagundes acompanhava a oitiva de testemunha de defesa quando começou a sentir dores. Ele foi atendido pelo serviço médico do Senado Federal e encaminhado para o Hospital de Brasília.

De acordo com a assessoria do parlamentar, Fagundes foi submetido a um exame de tomografia computadorizada e outros exames complementares. O senador foi diagnosticado com diverticulite, que é uma inflamação caracterizada principalmente por bolsas e quistos pequenos e salientes da parede interna do intestino.

Fagundes continuava internado até a manhã deste domingo (28), conforme a assessoria. O quadro de saúde do senador é considerado estável e não vai precisar passar por cirurgia. Ele está sob medicação e não tem previsão de alta médica, devendo seguir com alimentação controlada, repouso e observação.

A princípio, a assessoria descartou que o senador se ausente na sessão de votação do processo de impeachment.

No começo deste mês, durante a análise da comissão especial do impeachment, o senador votou a favor do afastamento da presidente.

 

Processo de impeachment
Está previsto que na segunda-feira (29) a presidente afastada irá pessoalmente ao Senado apresentar sua defesa e participar do julgamento. Pelo rito estabelecido, Dilma terá direito a uma manifestação inicial de 30 minutos antes de ser interrogada.

Nos dias de julgamento, os trabalhos começarão às 9h e não têm previsão de término (a depender do consenso dos senadores), com intervalos de 30 a 60 minutos a cada quatro horas.

Enquanto não forem ouvidas, as testemunhas ficarão isoladas em quartos de hotéis em Brasília.

Depois da participação de Dilma, acusação e defesa terão uma hora e meia para debater o processo. Serão permitidas ainda réplica e tréplica de uma hora. Se a acusação não utilizar a réplica, não haverá tempo para a tréplica da defesa.

Depois disso, senadores inscritos também poderão se manifestar sobre o processo. Cada um terá dez minutos. A lista de inscrição só poderá ser preenchida antes da discussão. Encerrada a discussão entre senadores, Lewandowski lerá um resumo do processo, com as fundamentações da acusação e da defesa.

Dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários terão cinco minutos cada um para encaminhamento de votação.

A votação será nominal, via painel eletrônico. Depois o resultado será proclamado.

Se ao menos 54 senadores votarem a favor do impeachment, Dilma será definitivamente afastada da Presidência e ficará inelegível por oito anos a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato.

Se o placar de 54 votos favoráveis ao impedimento não for atingido, o processo será arquivado e Dilma reassumirá a Presidência da República.