Marina deve gravar para a campanha de Aécio
Candidata derrotada no primeiro turno topou fazer gravação para a campanha do tucano, mas não quer subir em palanque algum no segundo turno desta eleição; Aécio Neves (PSDB) tenta marcar um encontro com Marina Silva (PSB), o que deve ocorrer até sexta-feira
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Minas 247 – O presidenciável Aécio Neves (PSDB) tenta marcar um encontro com a ex-senadora Marina Silva (PSB) com objetivo de reproduzir imagens para o guia eleitoral. Marina já teria aceitado fazer uma gravação, mas aguarda um contato direto do tucano. A ex-ministra, no entanto, decidiu que não subirá em palanque algum no segundo turno desta eleição. A socialista foi a terceira colocada no primeiro turno, com 20% dos votos válidos, atrás de Aécio, com 33%, e da presidente Dilma Rousseff (PT), com 41%.
O ex-governador de Minas afirmou que pode se encontrar com Marina ainda nesta semana e deixou claro que o apoio não significa uma futura participação da ex-ministra em um eventual governo tucano.
"A forma como a Marina veio honra a boa política brasileira. Não pediu absolutamente nada, não insinuou absolutamente nada em relação a cargos. Estamos fazendo algo muito maior", disse Aécio, nesta segunda-feira (13), em Curitiba.
Durante entrevista coletiva, no último domingo (12), Marina disse que sua decisão de apoiar Aécio teve como base a carta de compromisso do tucano, divulgada um dia antes, no sábado (11). Para reforçar o seu posicionamento, a ex-ministra afirmou que a "alternância de poder fará bem ao Brasil".
"Votarei em Aécio e o apoiarei, votando nesses compromissos, dando um crédito de confiança à sinceridade de propósitos do candidato e de seu partido e, principalmente, entregando à sociedade brasileira a tarefa de exigir que sejam cumpridos", complementou.
PSB
Não só Marina como o PSB apoia a candidatura de Aécio à presidência da República. Neste final de semana, o tucano recebeu apoio da família do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB), morto após acidente aéreo, em agosto. O ex-presidente nacional da legenda socialista Roberto Amaral, que deixou o cargo nesta segunda-feira (13), afirmou, em carta, que seu partido cometeu "suicídio político-ideológico" ao apoiar o presidenciável tucano.
O dirigente afirmou que, ao apoiar o presidenciável tucano, o PSB "renega compromissos programáticos e estatutários, suspende o debate sobre o futuro do Brasil, joga no lixo o legado de seus fundadores – entre os quais me incluo – e menospreza o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e democrática".
"Denunciamos a estreiteza do maniqueísmo PT-PSDB, oferecemos nossa alternativa e fomos derrotados: prevaleceu a dicotomia, e diante dela cumpre optar. E a opção é clara para quem se mantém fiel aos princípios e à trajetória do PSB", diz o texto.
Partido fundado por Marina Silva e abrigado no PSB por não ter conseguido registro na Justiça Eleitoral para disputar as eleições de 2014, a Rede Sustentabilidade também descartou apoiar Dilma no segundo turno.
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