11/09/2014 15h36 - Atualizado em 11/09/2014 16h11

Força-tarefa retira 40 mil abelhas do forro de casa em Américo; veja vídeo

Colmeia chegava a derramar mel pelo teto, segundo dona de casa.
Família alérgica a picadas sofreu durante 1 mês até a solução do caso.

Do G1 São Carlos e Araraquara

Um grupo realizou uma força-tarefa para retirar 40 mil abelhas, que construíram uma colmeia dentro do foro de uma casa, em Américo Brasiliense (SP). O número foi estimado pelos apicultores que trabalharam no local. Há um mês os moradores, que são alérgicos a picadas, sofriam com a situação.

As abelhas fizeram a colmeia entre o forro de madeira e o telhado da casa. “Esse tipo de caso dificulta o trabalho da gente, porque tivemos que subir até onde o enxame estava, analisar a situação, retirar telhas e ver se não tinha risco para os vizinhos”, disse o apicultor Luiz Carlos de Lucca.

Eram tantas abelhas no local que até mel caia do teto. Segundo a dona de casa Patrícia Rocha Lima, o filho dela, de 2 anos, levou várias picadas. “Não era possível nem assistir televisão por causa do barulho, que atraia os insetos. Eu fui atacada quatro vezes, meu filho duas e minha filha uma. Minha família teve que dormir no vizinho. Eu só ia em casa para pegar roupa”, contou.

Mel começou a sair do teto com colmeia de abelhas em forro em Américo Brasiliense (Foto: Ely Venâncio/ EPTV)Mel começou sair do teto com colmeia de abelhas
em forro de casa  (Foto: Ely Venâncio/ EPTV)

Ao retirar as telhas, os apicultores viram uma grande colmeia nesta quarta-feira. Eles retiram o favo com cuidado. Depois colocam óleo diesel, porque o cheiro forte ajuda a espantar os insetos. Foram retirados três litros de mel.

A dona de casa se surpreendeu com a quantidade de abelhas. “Eu achei que tinha um enxame pequeno, mas não que ia dar tanto mel. Agora os insetos vão me ajudar com o lucro da venda do mel para eu pagar o aluguel, já que elas ficaram um mês na minha casa”, brincou Patrícia.

A ação foi realiza por dois apicultores, em apoio com o Centro de Zoonoses, uma ambulância da Prefeitura e uma viatura da policia.

Alimento e queimadas
Segundo os apicultores, as abelhas foram para o local atrás de alimento, que muitas vezes não encontram mais nas matas. "No meio das casas, elas conseguem sobreviver quando encontram árvores com flores. Por isso, com a seca no campo, elas migram", afirmou o apicultor Sérgio Ricardo Moura.

O número de queimadas também influencia a mudança dos insetos. De agosto do ano passado para o mesmo mês deste ano, o número praticamente triplicou, de 497 para mais de 1.458 focos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Foram retirados três litros de mel do foro da casa em Américo, SP (Foto: Ely Venâncio/ EPTV)Foram retirados três litros de mel do foro da casa em Américo Brasiliense, SP (Foto: Ely Venâncio/ EPTV)

 

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