Daniel Nepomuceno falou com a imprensa nesta sexta-feira' Reprodução ESPN

Pela quarta vez em apenas nove dias, o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, falou com a imprensa, nesta sexta-feira. 

Diante da cobrança por parte dos torcedores após a eliminação para o Botafogo na Copa do Brasil, o dirigente afirmou que internamente todos estão preocupados, mas esse não é um motivo para dispensar jogadores. 

"Não vou afastar nenhum jogador, pois ninguém está tendo um ato de indisciplina e desrespeito. Esse elenco é aquele que todos colocaram de forma errada no começo do ano, falando que era o melhor do Brasil. Quando ganhar é a melhor coisa, agora quando perde é a pior, tem que sair. Eles estão devendo sim, mas eu confio neles, eu converso", afirmou. 

No entanto, ele admite faltar uma peça no ataque do elenco. De acordo com o mandatário, o clube está atento à janela de transferências, mas sempre consciente, não fechando qualquer negócio que possa dar errado. 

"Eu acho que falta um jogador de velocidade, um ponta. Quando você trabalha todas as posições, percebe-se que realmente tem alguma coisa faltando. Estamos atentos ao mercado o tempo inteiro, mas não podemos trazer vários novos jogadores e perder o grupo, não dar a chance àqueles que chegaram e não tiveram oportunidade" explicou, ainda dizendo que não descarta nenhuma oportunidade. 

Ele também garantiu André Figueiredo como diretor de futebol. "O André Figueiredo é o único que eu confio e está aqui há 20 anos, mas no cargo só há um mês. Existe muita implicância e questionamento com uma pessoa que já entregou centenas de taças para a base. A responsabilidade é de todos, nossa, minha e também do Micale", disse o mandatário. 

Com as últimas três derrotas no Independência (Santos, Bahia e Vasco), uma das maiores críticas dentro de grupo é a fraca campanha dentro de casa. Mas Nepomuceno assegura que todos estão cientes disso, e que não falta cobrança ao elenco. 

"Há um desequilíbrio entre o investimento que foi feito e a posição no Brasileiro, principalmente agora que fomos eliminados (da Copa do Brasil), mas temos perdidos muitos jogos em casa. Não é simplesmente uma eliminação, o negócio é continuar" criticou. 

"A solução não é querer mandar os jogadores embora. Não posso reclamar dos meninos da base, pois eles estão dando o sangue. Nem dos veteranos. Cobrança tem que ter, mas também confiança, são esses jogadores que vão nos tirar (dessa situação)", acrescentou. 

A demissão de Levir Culpi em 2015 também foi pauta da coletiva. "O contato dele acabou. Em agosto, quando quisemos renovar, ele ainda não sabia se queria ficar", falou. 

"Mas independente da troca, chegamos em 2015 para disputar título, em 2016 também e, em 2017 faremos de tudo para que isso aconteça", terminou.