25/11/2014 19h25 - Atualizado em 25/11/2014 20h01

Estudante de MG é preso suspeito de envolvimento na fraude do vestibular

Jovem é estudante de direito e estagiário no Ministério Público Estadual.
Operação prendeu 33 pessoas durante vestibular em Belo Horizonte.

Adriana Lisboa e Valdivan VelosoDo G1 Grande Minas

Estudante de Direito é preso suspeito de envolvimento na quadrilha que fraudou vestibulares (Foto: Valdivan Veloso/G1)Estudante de direito é preso suspeito de envolvimento na quadrilha que fraudou vestibulares (Foto: Valdivan Veloso/G1)

A Polícia Civil prendeu na tarde desta terça-feira (25) um estudante de direito, suspeito de envolvimento com a quadrilha que frauda vestibulares no país. A quadrilha foi presa nesse domingo (23), durante o vestibular de medicina da Faculdade de Ciências Médicas em Belo Horizonte. O grupo fraudou ainda o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012, 2013 e 2014.

Segundo informações da polícia, Vanil Vasconcelos Costa Júnior, de 21 anos, foi abordado por investigadores de Belo Horizonte na sede da Promotoria de Bacias Hidrográficas, em Montes Claros, onde o jovem é estagiário.

Segundo informações do chefe do 11º departamento de Polícia Civil, Rogério da Silva Evangelista, o suspeito fez provas do Enem em Pontes de Lacerta (MT). "Ele saiu daqui de Montes Claros acompanhado de duas pessoas que tiveram acesso antecipado às provas do Enem. Lá, ele respondeu às questões de Geografia e História, para que fossem repassadas a outras pessoas envolvidas na quadrilha", diz o delegado.

Ainda segundo o delegado, Vanil agia como piloto, respondendo provas em tempo hábil e repassando as respostas para a quadrilha. "Este ano o jovem fez ainda provas para o curso de medicina em uma universidade de Fortaleza, outra na Universidade de Brasília, e ainda em uma universidade de BH", afirma.

De acordo com advogado Virgílio da Mota, o estudante assumiu que fazia as provas, mas que não tem ligação com o grupo. "Meu cliente afirmou que fazia provas de Humanas e tentava outros vestibulares. Ele negou que tenha envolvimento com a quadrilha, mas chegou a passar mensagens com o conteúdo das provas, pelo WhatsApp, para um colega".

A polícia disse também que foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa de Vanil, onde foi apreendido um notebook.