24/07/2014 10h11 - Atualizado em 24/07/2014 10h11

Entidade de MS quer reabilitar zona de fronteira para exportação de carne

Famasul quer inclusão da ZAV em roteiro de missão da União Europeia.
ZAV inclui 13 municípios da fronteira de MS com Paraguai e Bolívia.

Do Agrodebate

Frigorífico de bovinos de Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução/TV Morena)Famasul quer habilitar ZAV a exportar carne para
a Europa (Foto: Reprodução/TV Morena)

A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) quer reabilitar a carne bovina produzida nos municípios da região de fronteira do estado com o Paraguai e a Bolívia para exportação a União Europeia.

Nesta quarta-feira (23), o presidente da entidade, Eduardo Riedel, entregou ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, em Brasília, um pedido para que a Zona de Alta Vigilância (ZAV), formada por 13 municípios do estado que estão na região de fronteira, seja incluída no roteiro de vistoria de uma missão técnica da União Europeia.

A missão deve chegar ao Brasil em outubro e prevê inicialmente vistorias nos estados de Rondônia e Tocantins e no Distrito Federal. O objetivo é habilitar essas unidades da federação para a exportação de carne in natura para os países do bloco econômico.

De acordo com a Famasul, a entidade pediu ao ministro a inclusão da ZAV sul-mato-grossense no roteiro da missão por considerar que a região tem condições de obter a reabilitação para vender carne bovina para o mercado europeu.

“Há uma predisposição do Mapa em interceder para que a ZAV também seja avaliada pela missão técnica. Devido ao esforço conjunto entre produtores e órgãos de fiscalização, a região detém um status sanitário tão ou mais seguro do que o das demais regiões do Estado”, afirma Riedel.

“Liberar a exportação para a o mercado europeu seria uma recompensa para os produtores, que assumiram todos os ônus de restritivas à comercialização”, lembrou o presidente da Famasul.

A ZAV
A ZAV é uma área de 15 quilômetros de largura ao longo da fronteira entre Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai, criada com objetivo de reduzir o risco de introdução e disseminação do vírus da febre aftosa. Abrangendo área de 13 municípios fronteiriços, a região concentra um rebanho estimado de 750 mil animais e não apresenta nenhum caso da doença desde 2006.

Os trâmites exigidos pela ZAV incluem atualmente o cadastro georreferenciado das propriedades, fiscalização do trânsito animal, identificação individual de bovinos, bubalinos e pequenos ruminantes, além da vacinação supervisionada pelo serviço veterinário oficial.

Integram a área os municípios de Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Japorã, Ladário, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas.

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