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Após perder técnico, Atlético-GO tentará segurar principais jogadores

Nomes como Márcio, Thiago Primão e Júnior Viçosa ficaram sem contrato após o fim da Série B e interessam, mas diretoria ainda esbarra na indefinição política do clube

Por Goiânia

Após perder o técnico Wagner Lopes para o rival Goiás, o Atlético-GO terá de correr contra o tempo para não perder jogadores importantes que defenderam o time na Série B do Campeonato Brasileiro. Da equipe considerada titular, apenas o zagueiro Artur, o volante Pedro Bambu e o meia Jorginho têm contrato para a próxima temporada. Atletas como Márcio, Jonas, Mateus Caramelo, Lino, Diogo Barbosa, Willian Arão, Thiago Primão, Kayke, André Luís e Júnior Viçosa ou estavam emprestados por outras equipes ou simplesmente ficaram em contrato após o fim da temporada.

Um dos empecilhos para a diretoria rubro-negra é a indefinição no quadro político. Com a saída do presidente Valdivino de Oliveira, não existem candidatos que se enquadrem dentro do estatuto do clube para assumir o cargo. O diretor jurídico Marcos Egídio se colocou à disposição para ser o novo presidente, porém, o clube teria de mudar o estatuto e permitir que diretores que tenham sido nomeados possam assumir a presidência. Enquanto isso, mesmo em contato com jogadores, o diretor de futebol Adson Batista fica impedido de concretizar as negociações. Segundo ele, o Atlético-GO está “engessado”.

- O momento é de planejar, buscar alternativas, e o clube fica muito engessado. Infelizmente as coisas não estão ocorrendo da forma que tem de ser para que o Atlético-GO fique em equilíbrio. Todos os clubes estão montando o elenco, renovando contratos e se organizando. Poderemos ter sérios problemas. Primeiro tem que haver uma diretoria que possa nos dar sustentação – disse Adson Batista.

Na última segunda-feira estava programada uma assembleia geral no Dragão, que apontaria a composição do novo Conselho Deliberativo e poderia também direcionar a nomeação do novo presidente executivo. Contudo, o presidente do Conselho, Marco Antônio Caldas, cancelou a reunião por falta de chapas registradas. A alternativa encontrada por membros da atual diretoria foi modificar o estatuto.

O regimento interno do clube permite que apenas diretores que tenham ocupado cargo eletivo possam assumir a presidência. Não é o caso do diretor jurídico, Marcos Egídio, e nem do diretor de futebol, Adson Batista, que foram nomeados. A alteração no estatuto deverá ser publicada nos próximos dias.