Artesão de Limoeiro de Anadia revela seu talento na arte do entalhe em madeira e pintura em cerâmica

21/07/2014 04:22

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Divulgação

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Um talento que surgiu ainda na infância. Assim, Wallan da Silva Souza, 23 anos, explica sua versatilidade na arte da pintura em cerâmica e no entalhe em madeira. Natural de Limoeiro de Anadia/AL, o jovem artesão conta que desde pequeno possuía muita habilidade para trabalhos manuais, como a pintura, o desenho e confecção de maquetes para tarefas escolares. Não demorou muito para que outros alunos e professores reconhecessem seu dom artístico e passassem a solicitar seus trabalhos.

            Com traços simples, porém expressivos, Wallan Souza retrata o que sempre fez parte do seu cotidiano em uma pequena cidade do interior alagoano, a paisagem da zona rural, as pessoas de vida simples, o homem sertanejo, a natureza. Também viajou pelos livros de história, onde ampliou sua inspiração, mas tudo sempre voltado para a vida no campo.

            A casa-grande de uma fazenda, o carro de boi, o trabalho árduo do camponês, o dia a dia de uma dona de casa, as casas e as pessoas simples, flores e pássaros de diferentes espécies.  Todas essas paisagens estão retratadas nos quadros produzidos pelo artesão, que também confecciona esculturas em madeira.

            Sem esconder a timidez, Wallan Souza revela que é através da arte que se realiza. Mesmo sem nunca ter participado de nenhuma exposição ou de ter apresentado suas obras em feiras e eventos, a paixão pelo seu trabalho é evidente. “Minha arte é minha vida. É com ela que eu me identifico, que eu expresso o que não consigo dizer com as palavras”, afirma.

            O material usado para a confecção das peças, tanto a cerâmica quanto a madeira, Wallan Souza consegue com pessoas conhecidas ou encontra pelos lugares por onde passa. Com ferramentas artesanais, ele dá asas a sua imaginação e confessa que aprendeu tudo sozinho. “Desenho e pinto desde pequeno. Com o tempo comecei a trabalhar com a madeira (entalhe) e fazer esculturas”, completou.       

 Quando perguntado se existia alguém da família com o mesmo dom ou com inclinações artísticas que tenha servido de inspiração para o seu trabalho, ele responde brincando, “se tinha, foi bem lá no passado; não conheci”.

Wallan Souza acrescenta que leva de dois a três dias para confeccionar as peças, principalmente as de madeira. “Primeiro eu faço o desenho, depois corto a madeira até dar forma à peça. Em seguida passo a tinta e, por último, o verniz”, explicou o artesão, mais uma expressão artística da cidade de Limoeiro de Anadia.

Primeira Edição © 2011