Assim como fez na eleição de 2012, o governador Cid Gomes (Pros) anunciou que vai se licenciar do cargo para se dedicar à campanha de Camilo Santana (PT) ao governo do Estado do Ceará e do candidato ao Senado, Mauro Filho (Pros).
A informação foi divulgada pelo próprio Cid em entrevista na manhã desta segunda-feira por ocasião da entrega de viaturas para a Polícia Militar, em solenidade no Centro de Eventos do Ceará.
“Tomei esta decisão pelo sentimento de responsabilidade que tenho com o futuro do Ceará. Nos próximos dias estarei tirando licença do governo e vou me dedicar exclusivamente a defender e fazer a campanha para a eleição de Camilo”, afirmou Cid Gomes.
Deverá assumir o cargo o desembargador Gerardo Pontes Brígido, presidente do Tribunal de Justiça (TJ), já que o vice-governador, Domingos Filho, foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque (Pros), segundo na lista de sucessão, também não pode assumir porque está em campanha eleitoral. Ainda não foi definida a data de início da licença do governador do Ceará, que será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
“Armação clara”
Questionado sobre as denúncias publicadas na revista Isto É, onde foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa por organizar uma quadrilha de propina, o governador foi categórico em afirmar que “isso é pura artimanha, maquinação, coisa miúda que tem em campanha. Estou tomando providências”.
Fotos
A revista expôs fotos que mostram encontros oficiais de Cid com Paulo Roberto para afirmar que os dois eram conhecidos e que chegaram a discutir a implantação da Refinaria Premium, antiga reivindicação do governo cearense.
Cid Gomes aproveitou a ocasião para acusar que as fotos publicadas na edição ao lado do ex-diretor não passam de montagem. “Eles fizeram uma edição com as fotos. Cortaram e me colocaram ao lado dele. É um absurdo. Uma armação clara. Já fui vitima disso outras vezes e isso só vai aumentar minha disposição de trabalho. A Polícia Federal (PF) instalou um inquérito para apurar as informações que foram colocadas na publicação”, relatou.