Caramujos africanos reaparecem em São José por causa do tempo mais quente e úmido

Como não há predador, o combate é feito com ações preventivas e orientação correta sobre o descarte do molusco

Divulgação/ND

Contato do caramujo com frutas e hortaliças pode trazer contaminação

Com o retorno do calor e a umidade desta época do ano é comum começarem a aparecer novamente os caramujos africanos (Achatina Fulica), que ficaram escondidos hibernando durante o inverno. Eles aparecem geralmente em locais onde há acúmulo de entulhos ou entre folhagens, onde possam se abrigar do sol.

Em São José, principalmente na região de Forquilhinhas a reclamação dos moradores é frequente, porém o coordenador de programa de combate de endemias da vigilância epidemiológica de São José, Ademir Rosa explica que o caramujo está não é exclusividade do município, está presente em todas as cidades e em outros bairros de São José. 

É preciso ter cuidado porque o contato do caramujo com frutas e hortaliças pode trazer contaminação. Se forem mal higienizadas para consumo, pode haver risco de problemas intestinais e até meningite encefálica. Porém, de acordo com Rosa, não há registro de pessoas infectadas desta maneira em Santa Catarina. O caramujo, se infectado, funciona como um tipo de hospedeiro intermediário do parasita.

Para prevenir infestações deste tipo, desde o fim do ano passado, a prefeitura coleta até 40 amostras do molusco por mês e encaminha para os laboratórios da fundação Oswaldo Cruz referência no país. A prática é para ter o controle e garantir que não há risco de epidemias. Além disso, quando há denúncias sobre a proliferação dos caramujos uma equipe técnica vai até o local, avalia a situação e orienta os moradores sobre o manejo e destino final dos bichos para evitar a multiplicação deles.

Segundo Rosa, não há maneira de acabar com eles porque não existe predador ou produto químico que extermine caramujo. “O que se pode fazer para diminuir o problema é evitar acúmulo de materiais no pátio do domicilio e surgindo esse caramujo, deve-se coletar com mãos protegidas com luva ou sacos plásticos, incinerar e depois destruir cascas, apar então enterrar ou jogar fora”, explica.

Se o molusco for eliminado de maneira inadequada alguns ovos podem permanecer intactos no casco e a partir dali, depois de quatro ou cinco meses. Podem surgir novas espécies que continuarão proliferando. O ato de jogar sal no animal é maléfico, segundo o coordenador. “Saliniza a terra e não tem 100% de eficácia os rtestos de decomposição do molusco junto com o sal pode permanecer na terra e facilitar o contágio”, justifica.

SAIBA MAIS:

A recomendação é a de que a coleta dos caramujos seja realizada com os seguintes cuidados:

– Somente adultos treinados devem recolher os caracóis. Crianças e adolescentes não devem participar das ações diretas de recolhimento

– Recolher os caracóis sempre utilizando luvas descartáveis ou sacos plásticos, na falta usar uma pá. Importante não ter o contato da pele diretamente com o caracol

– Os caracóis recolhidos devem ser incinerados, para isso utilizar uma vala, um tambor ou ainda uma fogueira cercada por tijolos ou blocos. Para grandes quantidades utilizar um incinerador ou fornos de olarias

– Não deixe pneus, latas, entulhos, plásticos, tijolos e telhas, madeiras, lixos em geral espalhados no quintal.

– Nunca utilize afogamento em balde com água e sal para eliminar os caracóis. A utilização do sal não é recomendada, pois o sal serve somente para salinizar o solo.

Mais informações – 0800-6449040 ou 0800-6459889 (ouvidoria) e (48) 3249-1895 (vigilância epidemiológica do município)

Fonte: Vigilância Epidemiológica de São José

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