Santos se anima ao ver Damião condenado por má-fé após se declarar pobre
O atacante Leandro Damião perdeu a primeira batalha na Justiça contra o Santos. Isso porque o juiz da 4ª Vara do Trabalho de Santos, Ítalo Menezes de Castro, indeferiu o pedido de liminar para a rescisão contratual e ainda condenou o centroavante por má-fé por ele ter utilizado uma declaração de pobreza no processo. A vitória inicial contra o camisa 9 deixou a diretoria santista animada na briga contra os "rebeldes", termo utilizado nos bastidores do clube para definir os atletas que entraram na Justiça - Damião, Arouca, Aranha e Mena, esse último já conseguiu liminar e deixou o alvinegro praiano.
Leandro Damião terá que pagar de multa 1% do valor da causa, que é de R$ 500 mil. Sendo assim, Damião desembolsará R$ 5 mil, além de indenizar o clube por prejuízos em 20% do valor do processo, ou seja, R$ 100 mil. Desta forma, Santos receberá R$ 105 mil do atacante.
“indeferir a antecipação dos efeitos da tutela; indeferir o benefício da justiça gratuita; declarar o reclamante litigante de má-fé e condená-lo a pagar multa de 1% sobre o valor da causa, bem como a indenizar os prejuízos da parte contrária, ora arbitrados em 20% também sobre o valor da causa, ambas reversíveis em favor do réu; indeferir a tramitação do feito sob segredo de justiça. Intimem-se as partes acerca da presente decisão, bem como para que compareçam à audiência designada, sob as penas do art. 844 da CLT, notificando-se, desde logo, os patronos, por telefone, sem prejuízo da disponibilização das intimações no Diário Oficial e das intimações dirigidas a autor e réu para comparecimento à audiência”, escreveu o juiz Ítalo Menezes de Castro, no despacho.
Damião, que está emprestado ao Cruzeiro até o fim do ano, seguiu os passos de Arouca, Aranha e Mena, que acionaram o clube na Justiça cobrando direitos de imagem, salários, luvas, 13º e fundo de garantia.
No entanto, o caso do camisa 9 causou indignação aos torcedores santistas pelo fato da declaração de pobreza utilizada pelo jogador. Isso porque Damião recebe R$ 700 mil mensais – o ordenado é dividido entre Santos e Cruzeiro.
O Santos está animado com os rebeldes na Justiça. Além de vencer Damião nesse caso, o clube viu negado pela terceira vez o pedido de liminar judicial do volante Arouca. Os advogados do jogador pediram por reconsideração na decisão tomada pelo juíza do caso, Norma Gabriela dos Santos Moura, na última sexta-feira, mas a tentativa foi novamente indeferida.
A decisão da 6ª Vara do Trabalho de Santos impede, ao menos momentaneamente, que o jogador acerte a sua ida para o rival Palmeiras. O atleta, agora, aguarda pela decisão na audiência designada para o próximo dia 30.
O goleiro Aranha também teve liminar negada na Justiça na semana passada, mas terá seu caso julgado nesta quarta-feira. O lateral esquerdo Eugenio Mena, por sua vez, teve liminar concedida na última quarta-feira e está livre para assinar contrato com outro clube. O chileno negocia sua transferência para o Cruzeiro.
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