Brasil consegue registro de reserva mineral em alto-mar

O Brasil poderá pesquisar e explorar por 15 anos uma reserva mineral no Oceano Atlântico, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa do Rio de Janeiro, onde podem existir volumes consistentes de cobalto, níquel, platina, manganês e terras raras. A autorização foi confirmada nesta terça-feira, 22, pela Autoridade Internacional para os Fundos Marinhos (ISBA), órgão das Nações Unidas, que aprovou o Plano de Trabalho para Exploração de Crostas Cobaltíferas na Elevação de Rio Grande (ERG) apresentado pela Coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, que reúne 17 ministérios e a Marinha do Brasil.

A Elevação do Alto Rio Grande é a região mais rasa da Plataforma Continental Brasileira, que se desprendeu e afundou com o movimento das placas tectônicas durante o movimento de separação do Brasil e da África. Os especialistas chamam a região de ‘Atlântida’ brasileira, em referência à mitológica cidade submersa.

“Esse plano vai assegurar ao Brasil o direito exclusivo de exploração da área requisitada por, pelo menos, 15 anos, ampliando o espaço do País como ator no cenário político-estratégico dessa região de interesse”, disse em nota a Marinha.

A área foi descoberta a partir da criação do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (Proarea), criado e 2009. O Brasil tentava o registro da área há cerca de quatro anos.

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