28/03/2015 18h57 - Atualizado em 28/03/2015 19h02

Morre segunda vítima de explosão em fábrica de fogos de artifício em MG

Trabalhador de 45 anos teve queimaduras graves e morreu em hospital.
Explosão em Santo Antônio do Monte ocorreu durante manuseio de pólvora.

Ricardo WelbertDo G1 Centro-Oeste de Minas

Morreu na tarde deste sábado (28), outra vítima da explosão em uma fábrica de fogos de artifícios em Santo Antônio do Monte. De acordo com a assessoria do Hospital João XXIII, o trabalhador de 45 anos Adeilson Antônio da Costa, teve queimaduras por quase todo o corpo. Esta é a segunda morte causada pela explosão, que fez três vítimas. O outro trabalhador ferido, de 25 anos, continua internado em estado grave, no mesmo hospital.

A explosão na fábrica de fogos de artifícios ocorreu durante a manhã desta sexta-feira (27). Na ocasião, um trabalhador de 37 anos morreu no local. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele manuseava pólvora branca no momento do acidente.

As outras duas vítimas foram levadas para o Pronto Socorro da cidade e depois transferidas para o pronto-socorro na capital mineira, com queimaduras graves pelo corpo.

A explosão ocorreu em um galpão onde estava os três trabalhadores, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Fábricas de Fogos de Artifício (Sindfogos). Por telefone, o responsável pela entidade disse ao G1 que sentia muito pela fatalidade, mas que não podia se manifestar mais sobre o assunto.

Explosão fabrica fogos de artificio Santo Antonio do Monte 4 (Foto: Grupo de Relacionamentos da Polícia Militar / Divulgação)Quatro trabalhadoras morreram durante explosão em uma fábrica fogos de artificio em 2014 (Foto: Grupo de Relacionamentos da Polícia Militar / Divulgação)

Mortes e medo
No ano passado pelo menos dez pessoas pediram demissão por medo de trabalhar no setor pirotécnico. A área emprega cerca de 15 mil pessoas no município, mas segundo informações do Sindfogos, as demissões ocorreram por insegurança depois da morte de quatro trabalhadoras no mês de julho de 2014, no Bairro Bela Vista.
 
Desde 1999 o setor já contabilizou mais de 70 acidentes, alguns graves, incluindo queimaduras, perda de audição e visão, perda de membros, doenças causadas por inalação de fumaça entre outros. "É por medo que eu não quero mais voltar a trabalhar em fábrica", afirmou uma funcionária que pediu demissão e não quis se identificar.

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