Os três maiores sistemas de abastecimento de água da Grande São Paulo receberam apenas 13,65% da chuva esperada para outubro nos 24 primeiros dias do mês. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Se somadas as médias dos sistemas Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga, que juntos abastecem 15,9 milhões de pessoas, é esperado que se chova 364,8 milímetros durante o mês. Faltando uma semana para o início de novembro, a precipitação foi de apenas 49,8mm.
No Cantareira, que nesta sexta-feira (24) registrou nível de 13,6% – após incorporação do nível da segunda cota do volume morto à medição – a chuva foi de 25,2 milímetros no período. O Sistema atende 6,5 milhões de habitantes das zonas norte e central e partes das zonas leste e oeste da capital, bem como os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul (na sua totalidade); e parcialmente os municípios de Guarulhos, Barueri, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba, Cajamar e Santo André.
A situação do Alto Tietê também segue crítica, com um volume disponível de 8%. A precipitação na região dos reservatórios foi de 18,8 milímetros até esta quinta (23). São abastecidos pelo sistema 4,5 milhões de habitantes de Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Mauá (parte), Mogi das Cruzes (bairros da divisa), Santo André (parte) e Guarulhos (bairros dos Pimentas e Bonsucesso) e parte da zona leste de São Paulo.
Por fim, no Guarapiranga, que tem a situação menos preocupante dos três, com 41,5%, a chuva foi de 5,8 milímetros no mês até aqui. Apesar do nível elevado, em comparação com os demais sistemas, a paisagem na Represa do Guarapiranga já sofre mudanças com a estiagem. O sistema atende 4,9 milhões nas zonas sul e sudeste da capital.
Imagem de cima mostra represa de Jaguari em 16 de agosto de 2013 e imagem de baixo mostra mesma represa em 3 de agosto de 2014 (Foto: NASA Earth Observatory image by Jesse Allen, using Landsat data from the U.S. Geological Survey.)