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Santuário Caraça + Caminho Diamantes parcial

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ninocoutinho Ver Drop Down
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    Postado: 13 Out 2014 as 14:51
Olá, pessoal.

Neste fim de semana aproveitei um feriado municipal para fazer um tour pela região e, sem querer querendo, acabei concluindo o Caminho dos Diamantes (Diamantina a Ouro preto) da Estrada Real ao longo de minhas três últimas cicloviagens, com direito a alguns extras.

Pra deixar registrado, a primeira dessas três partes foi em julho do ano passado, quando fiz apenas este trecho, abortado por um piriri bravo, o famoso Piriri RealLOL. Em julho deste ano fiz este trecho a mais; nessa segunda parte, o interesse eram os 'extras', mesmo, nem a estrada real em si. Neste fim de semana, meu terceiro trecho do caminho dos diamantes também inicialmente não tinha esse interesse. Eu apenas queria subir até o Caraça. Mas aí resolvi pegar a estrada real pra chegar lá (na verdade ela nem chega lá), e de lá seguir a estrada até ouro preto.

Coloquei na minha reclinada de tour pneus maiores do que os que já tinha usado: 26x2,10 atrás e 20x2,195 na frente. Ambos de uso exclusivo off-road, nada de misto nem nada. Devia ter feito essa montagem desde sempre, ou melhor, desde que passei a usar a Fox quase que só pra cicloviagens por estradas de terra. Vai muito melhor em geral: poeira, descidas, subidas... só vai pior em asfalto mesmo, piorando até o handling, mas nada insuportável. 

Salvei as planilhas em PDF no celular, baixei os arquivos GPX dos trechos a pedalar e baixei os mapas que precisaria. Isso tudo foi essencial. Realmente não pretendo mais viajar sem esse tipo de suporte.

Como seriam só 4 dias de viagem, não iria acampar e não havia previsão de chuvas, usei meu menor par de alforjes e ainda levei um violãozinho, um guitalele, pra tocar um pouquinho nas horas vagas.

1o. dia: Bom Jesus do Amparo - Cocais - Barão de Cocais - Caraça (60km)

Peguei um busão até o trevo de bom jesus, o que me adiantaria 35km no trajeto e evitaria um trecho de asfalto no qual passo pelo menos uma vez por mês, treinando. Ou seja, não ganharia nada pedalando até lá, onde já adentraria num trecho de terra da estrada real.

Desembarquei 6 e meia da manhã e dali segui alguns quilômetros até a estrada de terra desembocar na rodovia 381. Lá tomei um café num posto de gasolina e me lembrei de como é maravilhoso tomar um café quente numa manhã gelada de cicloviagem! Perfeito!

Andei mais uns poucos metros na estrada até a entradinha de novo, pra terra. Lá, por conta de obras de duplicação da estrada, o marco estava tombado:


Não foi o único assim pelo caminho! Mas ainda é melhor do que quando ele não está lá, ou quando ele foi trocado de lugar (tem lugar em que ele é pra ser na direita da pista, e está na esquerda... confunde a navegação)

Logo começa uma longa estrada em meio a eucaliptos:


O cenário é um pouco assustador e dá a típica sensação "terra de ninguém". Facinho pra vc ser abduzido ou virar comida do pé grande. Mas é bem instigador e dá sempre vontade de continuar.

Eu não sabia, mas nessas estradas em meio a plantações de eucalipto, é MUITO comum abrirem novas estradas constantemente, assim como sumirem com um trecho ou outro. Isso torna a navegação pelas planilhas bem difícil! Muitas encruzilhadas não têm marcos, e nenhuma das alternativas parece ser 'mais principal' do que a outra. Aliás, isso também não adianta nada, pois muitas vezes vc segue é a estradinha que nem parece ser a principal.


Nessa foto, por exemplo, eu estava errado, e a fox, certa!

O GPS ajuda na maioria das situações. Mas quando vc já está numa viela que não está na rota (acredito que o instituto estrada real não revise as rotas com a frequência que deveria), dá muita dúvida sobre pra onde seguir. Li vários relatos de gente que se perdeu terrivelmente nesse pedaço, e entendo perfeitamente. Acho que chega a ter umas sete 'armadilhas' pelo caminho. Felizmente, segui bem, até terminar essa estrada e começar o poeirão:


E chegar à vila de Cocais:


Lá tomei outro café e me abasteci, pra subir pra Barão. Já havia subido pelo asfalto e é uma boa serrinha, e pela terra não foi diferente. O strava marca 6,6 km duma subida categoria 2 (pra quem não tem ideia, é a mesma categoria das cariocas Mesa do Imperador, Canoas ou da Serra das Araras. só que na poeira/cascalho/pedras!).


Boa parte é a céu aberto, sem muitos trechos com sombras, como estes:



Até começar uma longa descida pra Barão, que infelizmente tem um grande trecho em calçamento! Argh, prefiro uma descida na poeira! No meio da descida:


Barão é uma cidade um pouco maior e a estrada real cai no "fim" dela. Tem que pedalar um pedacinho bom até chegar ao centro, e seguir a planilha é meio incerto pois ela às vezes te mandar seguir uma rua que hoje é contramão. É mais fácil ir perguntando. Almocei antes de seguir o asfalto pro Caraça:


Tinha grande receio pela subida do Caraça (13km), imaginando que eu talvez tivesse que empurrar pela maior parte. O que não seria um problema em si, exceto pelo fato de que neste trecho não existe nadica de nada: comércio, casas de pessoas, nada. Ou seja, um empurra-empurra em que me demorasse muito ia me custar muita água (agora o sol já tinha saído) e comida. Então caprichei no estoque e fui. Antes e depois da portaria da Reserva, algumas placas curiosas:



Mas nem foi tão difícil e empurrei apenas três vezes. No final duma das últimas subidas:


Até começar a descer:


Final da descida:


Lá funciona um hotel com muitos quartos em várias alas, com vários padrões de acomodação. Fiquei na ala da carapuça, respeitosamente confortável, de frente pras ruínas do antigo colégio:


Saí pra tirar mais umas fotinhas:


E ainda vi este contraditório recadinho:


Por do sol, enquanto eu andava por todos os lugares procurando um sinal da tim:


Jantei e dormi cedo, antes da missa das 20h. Parece que é depois da missa que fazem o "espetaculozinho" de dar comida pro lobo guará na porta da igreja. Eu não perguntei e também não esperei pra ver. 

2o. dia: Caraça - Santa Bárbara - Catas Altas (50km)

Fez baita frio durante a noite e acordei muito cedo, antes das 06, gelado. Fui tocar um pouco lá fora, e o jacu não se intimidou com minha presença:


Tomei o café da manhã, arrumei minhas coisas e parti. Mais duas placas curiosas:



Entrei em Santa Bárbara interessado em comprar um óleo pra corrente (fui cabeça dura em não levar; com um dia de pedal já tava tudo seco) e me abastecer pra seguir logo pra Catas Altas. Mas gastei um tempinho passeando:


E aproveitei pra ir à rodoviária comprar minha passagem de volta, de ouro preto, no domingo. Voltei pra estrada e comecei o trajeto de terra de novo. Há um trecho "antigo", que não está mais nas planilhas mas mantiveram nos arquivos GPX, que passa por dentro duma fazenda, num single track duns 2 ou 3 km. Segui nele!!



Até começar a ter as bonitas cenas da serra do caraça:



E chegar ao bicame de pedras, rúnias dum antigo aqueduto que queria muito fotografar:



Cheguei em Catas Altas e fui procurar um pouso. Escolhi a mais perto e que primeiro me recomendaram. Guardei a bike, tomei uma cerveja e um banho e saí pra rua:


Mais tarde jantei e novamente o sono cedo. A desvantagem de dormir cedo é que vc pode acordar meio cedo demais, muito antes de precisar organizar suas coisas pra sair.

3o. dia: Catas Altas - Mariana (55km)

O dia amanheceu muito bonito. O cenário da praça principal da cidade é deslumbrante:


Porém, um dia vai acabar. Na foto do celular é difícil ver, mas a base desses morros está já toda sendo minerada. Talvez dê pra ver em algumas das fotos seguintes.



A esse respeito, a comunidade manda um abraço:


Chegando em Morro D'Água Quente, fiquei impressionado com a beleza desta árvore:


Saindo de lá pega-se um curto trecho de asfalto, meio chatonildo pois é sem acostamento e tem algum trânsito envolvendo caminhões de mineradores, ônibus com funcionários, etc. Todo em subida, até cair de novo na terra:


Sempre com a serra ao fundo:


Depois de perder a serra de vista, as formações mudam (lembrando um pouco o início do caminho dos diamantes, antes de Itambé):


O caminho passa por outras três pequenas localidadades - Santa Rita Durão, Bento Rodrigues e Camargos - sem opções de almoço, o que eu já previa, e também nem sempre com opções muito além de água ou refrigerante e salgadinhos. Eu estava preparado para isso e aproveitei mesmo a oferta de água. Algo que me ficou nítido é como a estrada parece ter sido "empurrada goela abaixo" dessas comunidades. Pois eles "apenas" estão "acostumados" à passagem dos viajantes por lá. Não demonstram simpatia grande por nós, tendo, por muitas vezes, educação e só, e às vezes nem isso. Claro que há exceções. Mas não parece que eles percebem o tipo de atenção que um cicloviajante pode precisar: seja a respeito de dar uma informação, de oferecer uma alternativa... Bem, são coisas que leio na entrelinhas e também nas linhas das reações, das conversas, do atendimento. Acho que eles simplesmente acham que não ganham nada com esse tipo de movimento, e talvez não ganhem mesmo, mas a coisa pode mudar e talvez não precisasse partir deles, e sim duma ação mais conjunta do Instituto Estrada Real junto aos empreendedores locais.

Enfim, seguimos subindo pra Mariana:


Mariana é uma cidade que gosto muito e já estive lá inúmeras vezes quando ainda estava na faculdade, cantando no coro de câmara da escola de música da ufmg. Fizemos vários programas com as organistas da catedral da sé, que semanalmente se apresentam tocando o órgão arp schnitger, fantástico instrumento:


Fui pro hotel, lavei minhas roupas (estavam nojentas!) e saí pra jantar, também num restaurante que costumava frequentar, mas não ia há uns 7 anos:


Pedi o prato pra dois, pensando em levar o resto pro hotel, mas comi a porção dupla ali mesmo! E, novamente, ainda mais com os excessos de rango e álcool, dormi cedo.

4o. dia - Mariana a Ouro Preto (12km)

Esse dia seria o mais curto mas não queria demorar a chegar em Ouro Preto, pois meu ônibus de volta era logo após o almoço. Acordei cedo, tomei o café cedo e parti pra umas fotos ainda em Mariana:


Essa acima é um caso emblemático da concorrência entre duas irmandades da cidade. Construíram uma igreja em frente a outra! (Carmo e São Francisco).

Na única foto que pedi pra alguém tirar, nesta viagem, esse menino roubou a cena:


E depois ainda me propiciou este registro:


Vista lá de cima da igreja de São Pedro:


E segui estrada pra Ouro Preto, passando pela Mina da Passagem:


Infelizmente não pude visitar, pois os passeios começam às 09h e eu teria que esperar mais de hora. Além de não poder visitar, senti-me excluído com esta placa por lá:


Saí então dali e continuei subindo pra Ouro Preto. Coincidiu minha chegada na cidade com o horário da corrida Ouro Preto - Mariana. Então, pude ver todos os corredores e fotografar alguns. Este caso achei emocionante:


Tomei o máximo cuidado por estar pedalando na contramão dos corredores. O trânsito estava fechado para carros, mas ninguém me parou então eu segui. Peguei um engarrafamento (!) após a passagem de todos os corredores e consequente liberação do trânsito, até passar por um mirante conhecido:


E então poder tirar a clássica foto na Praça Tiradentes:


Se o meu planejamento teve algum problema, foi o de chegar em Mariana no sábado e em Ouro Preto no domingo. Dias de movimentação infernal de turistas, ainda mais pra quem gosta de fotografar. Fica difícil. Mas, não tinha outro jeito. Passei nas igrejas mais próximas, Carmo:


São Francisco:


E, depois do almoço, Pilar:


Voltar de Pilar foi FLÓRIDA, pois é uma descida alucinante pra lá, e não dá pra subir pedalando naquelas pedras! Empurrar de sapatilha também é uma beleza, pois escorrega igual quiabo. Parei pra uma sobremesa numa doceria/creperia, e segui subindo pra rodoviária - antes, passando por um supermercado pra comprar uns sacos de lixo e embalar a fox, após desmontá-la:


Fiz por precaução, mas foi necessário. Eu não conhecia os bagageiros dos ônibus dessa linha e, de fato, eram daqueles pequenos, estreitinhos. E lotados num domingão de 12 de outubro! Mas os funcionários foram extremamente simpáticos e percebi que, sempre que quiser, posso pegar essas linhas sem problema, desde que cuide do desmonte da bike.

Chegando em Itabira minha mulher foi encontrar comigo no ponto, pois eu não tinha intenção de remontar a bike pra pedalar até em casa. Deixei ela no ponto vigiando as coisas e fiz duas viagens a pé pra carregar tudo: quadro, rodas, banco e bagageiro, alforjes e guitalele.

Não é demais eu recomendar o Caminho dos Diamantes, sem pestanejar. Acho que nesta seção do fórum isso é mais que sabido. É possível fazê-lo em 6 ou 7 dias, ou ainda mais se for visitar os "extras": Tabuleiro, Cabeça de Boi, Cachoeira Alta/Morro Redondo, Santuário do Caraça, além de outras cachoeiras e vilas pelos caminhos. 

álbum com mais fotos: https://plus.google.com/u/0/photos/102746649843925063608/albums/6069663829536005617


Editado por ninocoutinho - 13 Out 2014 as 14:54
Nenhuma infurabilidade é excessiva.
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Vrbelo Ver Drop Down
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Belo relato Nino. Parabéns!

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Andnun Ver Drop Down
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Excelente viagem Nino. Estou doido para voltar à Minas Gerais esta rota parece excelente. Abraços. André
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Pantoja Ver Drop Down
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Eu fui pro Caraça há uns dez anos atrás, lugar lindo.
Gabriel Hansen - http://bikedemia.blogspot.com
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Alcaide Ver Drop Down
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Meu caro Nino Coutinho, muito interessante este seu post, especialmente para mim. Explico: vou fazer o caminho dos Diamantes (Diamantina - Ouro Preto) nesta próxima semana. Eu e um grupo de amigos pretendemos fazer este trecho a partir do próximo dia 17, quando saíremos daqui de Ilhéus até Diamantina, onde iniciará a nossa aventura. Levaremos as bicicletas numa caminhonete e pretendemos fazer o percurso todo em no máximo cinco dias. A nossa "janela" será entre os dias 17 e 26 de outubro. Vou repassar a sua aventura para os amigos lerem e quando voltar, postarei aqui os meus comentários.
Tá estressado, vá pedalar.

Naomi - Miyamura SRAM X-9 Proshock One.
Martina - Miyamura Cromoly Shimano Alfine 11 Ciclotur.
http://blogdoalcaide.wordpress.com/
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ninocoutinho Ver Drop Down
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Originalmente postado por Vrbelo Vrbelo escreveu:

Belo relato Nino. Parabéns!

Valeu!

Originalmente postado por Andnun Andnun escreveu:

Excelente viagem Nino. Estou doido para voltar à Minas Gerais esta rota parece excelente. Abraços. André

Valeu, André! Sumido demais! Com certeza, é excelente, mesmo. Dá uma baita viagem, pondendo fazer em poucos dias, talvez abreviando o caminho, ou em muitos, aproveitando a estrada e os 'extras'.

Originalmente postado por Pantoja Pantoja escreveu:

Eu fui pro Caraça há uns dez anos atrás, lugar lindo.

Lindo mesmo, merecendo mais dias de estadia, pra conhecer as trilhas a pé por ali. Algumas podem ser feitas sozinho; outras, é 'obrigatório' ir com um guia.

Originalmente postado por Alcaide Alcaide escreveu:

Meu caro Nino Coutinho, muito interessante este seu post, especialmente para mim. Explico: vou fazer o caminho dos Diamantes (Diamantina - Ouro Preto) nesta próxima semana. Eu e um grupo de amigos pretendemos fazer este trecho a partir do próximo dia 17, quando saíremos daqui de Ilhéus até Diamantina, onde iniciará a nossa aventura. Levaremos as bicicletas numa caminhonete e pretendemos fazer o percurso todo em no máximo cinco dias. A nossa "janela" será entre os dias 17 e 26 de outubro. Vou repassar a sua aventura para os amigos lerem e quando voltar, postarei aqui os meus comentários.

Legal, Alcaide. Acho 5 dias bem corrido (eu pelo menos gosto de parar muito, fotografar muito e evito me matar de pedalar), mas se for com essa caminhonete como apoio, sem carregar as bagagens na bicicleta, fica mais factível. Está muito quente agora mas as chuvas não começaram, então mesmo que peguem muita poeira (nos três primeiros dias deverá ter muita), ao menos não pega lama. Abraço!
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Alcaide Ver Drop Down
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Nino Coutinho, fiz a Estrada Real, ou ao menos parte dela. Iniciamos o pedal em Diamantina e dividimos em dois trechos: Diamantina - São Gonçalo do Rio das Pedras - Milho Verde - Duas Barras - Serro (que fizemos em dois dias) e Ipoema - Bom Jesus do Amparo - Cocais - Barão de Cocais - Santa Bárbara - Catas Altas - Morro D'Água Quente - Santa Rita Durão - Bento Rodrigues - Camargos - Mariana - Ouro Preto (em três dias). Ufa!!!! Vou agora preparar as fotos e colocar tudo no blog (www.blogdoalcaide.wordpress.com) com os devidos comentários. As suas dicas postadas aqui foram fundamentais para mim e para o grupo (éramos oito no total, sendo que um estava dirigindo o carro de apoio e não pedalou). Depois você verá que algumas fotos minhas foram "cópias" das que apareceram aqui (mas com outro olhar...rsrsrsrs).
Realmente, fazer a Trilha dos Diamantes em cinco dias como queríamos fazer é impossível, é preciso parar nas vilas, fotografar (eu adoro fazer isto), sentir a população local e aproveitar tudo o que é oferecido pela Estrada Real. Gostei do pedal e ficou a vontade de voltar para fechar o trecho que está em aberto de Serro até Ipoema.
Tá estressado, vá pedalar.

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ThiagoGabriel Ver Drop Down
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Cadastrado em: 29 Jan 2010
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (1) Agradecimentos(1)   Citar ThiagoGabriel Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 27 Out 2014 as 14:30
Muito legal, ótimas fotos.
Sempre que vejo cicloturistas de reclináveis me vêem dois pensamentos na cabeça..."hmmm deve ser gostoso esse sofazão" e "meu! Essa p&6%a não desequilíbra!?" hehehe

Abraços.
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Originalmente postado por Alcaide Alcaide escreveu:

Vou agora preparar as fotos e colocar tudo no blog (www.blogdoalcaide.wordpress.com) com os devidos comentários.

Já vi algumas por lá, no aguardo do relato completo!


Originalmente postado por Alcaide Alcaide escreveu:

As suas dicas postadas aqui foram fundamentais para mim e para o grupo (éramos oito no total, sendo que um estava dirigindo o carro de apoio e não pedalou). Depois você verá que algumas fotos minhas foram "cópias" das que apareceram aqui (mas com outro olhar...rsrsrsrs).

Hahahah!! Difícil escapar das oportunidades de registros bons demais!!

Originalmente postado por Alcaide Alcaide escreveu:

Realmente, fazer a Trilha dos Diamantes em cinco dias como queríamos fazer é impossível, é preciso parar nas vilas, fotografar (eu adoro fazer isto), sentir a população local e aproveitar tudo o que é oferecido pela Estrada Real. Gostei do pedal e ficou a vontade de voltar para fechar o trecho que está em aberto de Serro até Ipoema.

É um trecho muito, muito bonito. E muito difícil. De Serro a Conceição é pesado, não sei se pior que o primeiro dia, e de Conceição até Itambé é um pouquinho pior, talvez o mais difícil dos dias. Mas vale a pena voltar para vê-lo de perto. Como vc percebeu, convém não arriscar e se dispor a cumprir uma quilometragem diária mais 'modesta', pra poder curtir o caminho e fazer isso tudo: fotografar tranquilo, parar pra conversar, descansar, etc.

Abraço!

Originalmente postado por ThiagoGabriel ThiagoGabriel escreveu:

Muito legal, ótimas fotos.
Sempre que vejo cicloturistas de reclináveis me vêem dois pensamentos na cabeça..."hmmm deve ser gostoso esse sofazão" e "meu! Essa p&6%a não desequilíbra!?" hehehe

Desequilibra nas mesmas situações que uma bike "normal" desequilibra, com a vantagem de já estar mais perto no chão, no meu caso, rsrsrs!!!
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Moura SP Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Moura SP Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 30 Out 2014 as 14:04
    Uma pergunta curiosa, eu nunca pedalei nesse tipo de bike, mas com o tempo, acumulando quilometragem, as pernas não ficam pesadas apoiadas no pedal?
    Antes de tudo, muito legal essa viagem, um dia vou fazer algo do gênero.


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ninocoutinho Ver Drop Down
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Originalmente postado por Moura SP Moura SP escreveu:

Uma pergunta curiosa, eu nunca pedalei nesse tipo de bike, mas com o tempo, acumulando quilometragem, as pernas não ficam pesadas apoiadas no pedal?
 
Nunca senti isso!

O que algumas pessoas sentem é formigamento nos pés após longas subidas, especialmente se não estão habituadas a usar pedivelas muito mais altos que o banco. Só pra constar, nessa bike aí o movimento central tá mais ou menos na mesma altura do banco. Algumas reclinadas tem o movimento central bem acima da altura do banco, chega a uns 30 cm de diferença. Pra comparar mais diretamente e imaginar a diferença, veja esta foto e em seguida esta. No caso era um estudo de visibilidade, mas dá pra ver como na primeira bike as pernas ficam pra frente; na segunda, pra cima.

Curiosamente, esse formigamento, em geral, as pessoas deixam de sentir, se continuam "investindo" na configuração. Comigo aconteceu assim.
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ThiagoGabriel Ver Drop Down
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Gostei das fotos, bem explicativas. Imagens valem mais que mil palavras hehehe... Realmente na segunda foto aparentemente se perde um pouco mais da visão na porção inferior da bike.
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Vnzk Ver Drop Down
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Ali
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Cara, eu sempre tive medo de viajar de bicicleta, cheguei no máximo à 150 km e agora você vem com a imagem de Tiradentes, que por sinal estão me inspirando a viajar qualquer dia desses a cada vez que eu olho. O engraçado que foi em Tiradentes que eu vi a primeira bicicleta que me fez ficar com vontade de pedalar, sentir o vento batendo no rosto, era uma bicicleta bem velhinha, mas eu via o sorriso no rosto daquele rapaz que vinha fazendo o trajeto RN - MG, estava exausto, porem feliz. Parabéns pelas imagens e pela viagem e obrigado por me lembrar da minha infância.
 
Abs.
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Espinhaço Ver Drop Down
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Catas Altas
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Nino. Blz!
Sobre passar por "Deserto Verde" vão algumas dicas: ( pena que o Earth pifou).
- Use o Earth, maps ou qualquer outro sistema com imagem de satélite para traçar rotas pq assim você verá estradas que não estão mapeadas.
- Atente ao fato  das imagens serem antigas e o local estar com a paisagem mudada pelo fato dos eucaliptos terem sido cortados ou replantados.
- Por estes programas, a maioria das estradas principais nessas áreas estão mapeadas.
- Caso tenha alguma dúvida de caminho como relatou,assim como eu, coloque o GPS em "dirigir"  mesmo sem rota traçada, pois assim, normalmente a tela não entra em estado de descanso evitando de sombrear. Também pelo fato  do ícone de posicionamento aponta para o sentido que está seguindo, então poderá apontar o ícone para o eixo principal.
_  Você já deve ter observado  que essas  árvores - geneticamente modificadas -  só têm galhos  pequenos que caem muito. Caso escute um barulho estalado, não olhe para cima pois podem atingir os olhos. E isso tende a acontecer principalmente quando os carcarás quebram os galhos e o barulho deles chama mesmo a atenção.
 *digo isso pq trabalho na área da Cenibra.
qualquer coisa, tenho um  perfil no wikiloc como carlos.mendes


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Espinhaço Ver Drop Down
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O detalhe de não olhar pra cima quando quebra uma galha e que eles são pequenos e leves e poderiam causar danos somente no rosto.

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