24/10/2014 14h55 - Atualizado em 24/10/2014 15h00

ONG 'Casa' em Uberlândia enfrenta dificuldades financeiras

Ao todo, ONG atende 420 crianças e adolescentes de seis a 16 anos.
Verba foi aprovada em votação; documento segue para sanção do prefeito.

Do G1 Triângulo Mineiro

ONG Uberlândia (Foto: Reprodução/TV Integração)ONG em Uberlândia enfrenta problemas
financeiros (Foto: Reprodução/TV Integração)

A ONG Central de Ação Social Avançada (Casa), de Uberlândia, enfrenta dificuldades financeiras. A organização atende crianças e adolescentes em horários inversos aos da escola e depende de uma verba da Prefeitura para os pagamentos de fornecedores, dívidas trabalhistas e outros gastos ainda para este semestre. Nesta sexta-feira (24), a verba foi aprovada pelos vereadores em segunda votação. Agora, o documento segue para a sanção do prefeito Gilmar Machado.

A ONG tem unidades nos bairros Guarani, Tubalina e Segismundo Pereira, e ao todo atende  420 crianças e adolescentes de seis a 16 anos. Diante da difícil situação enfrentada pela organização, algumas mães de menores assistidos se mobilizam para enfrentar o problema, que chega a ameaçar a continuidade dos serviços. “Eles têm muito aprendizado aqui na ONG. Chegam contando vários projetos de capoeira, dança, artesanato. Então é um aprendizado, uma forma de as crianças não ficarem na rua”, disse a costureira Rosana Aparecida de Lima Oliveira. “Tenho dois filhos que ficam aqui e é tudo para as mães. A gente precisa desse lugar”, acrescentou a assistente administrativa Daniella Melo.

Segundo o presidente da ONG, Laerte Magalhães, a administração da crise se tornou insustentável no último mês. Para resolver os problemas a ONG depende da subvenção da Prefeitura, que gira em torno de R$ 340 mil. “Dos três imóveis dessas unidades, dois deles são alugados e há mais de seis meses a gente não paga esse aluguel que totaliza quase R$ 30 mil. Além disso, ainda tem todos os fornecedores como supermercado, açougue. Todos eles também não estão sendo pagos. E o mais agravante são os encargos trabalhistas tais como Previdência, INS e FGTS que também não estão sendo pagos porque priorizamos até então o pagamento da folha salarial, dos mais de 30 colaboradores desta unidade. Agora, a partir do próximo mês, nem isso mais conseguiremos arcar. Então, os funcionários vão ficar sem receber caso esse projeto não seja votado e pago”, afirmou Laerte.

De acordo com a assessoria de Comunicação da Prefeitura, assim que o documento chegar às mãos do prefeito será feita a sanção. Ainda segundo a assessoria, não é possível definir um prazo exato para que o dinheiro caia na conta.

 

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