25/08/2014 13h22 - Atualizado em 28/08/2014 13h49

Wellington diz ao G1 que, se eleito, vai investir em energias renováveis

Dias prometeu insistir em hidroelétricas e na energia solar.
Candidato do Partido dos Trabalhadores abriu série de entrevistas especiais.

Do G1 PI

O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo do Piauí, Wellington Dias, destacou nesta segunda-feira (25), durante entrevista ao G1, que pretende ampliar os projetos em energias renováveis e citou a produção a partir de parques eólicos, energia solar e biomassa. Wellington abriu a série especial de entrevistas com os candidatos que disputam o cargo de governador.

Entre os projetos citados por Wellington, está o da Usina Termoelétrica Canto do Buriti, adquirido em agosto do ano passado, em leilão realizado pela Agencia Nacional de Energia Elétrica. A biomassa plantada vai ocupar uma área de 38 mil hectares nas Fazendas do Complexo Canto do Buriti.

“Além desse projeto queremos insistir nas hidroelétricas, mas também na energia solar. As mini usinas de energias renováveis irão produzir energia solar para as fábricas durante o dia e para vender para a Eletrobras e no final do mês faz o encontro de contas. Quero sim apostar na energia solar. Também precisamos acelerar a conclusão do Programa Luz para Todos com os 11 mil pontos que ainda faltam no estado e resolver o problema das gambiarras porque é aí que tem as perdas de energia”.

Wellington Dias fala sobre suas propostas para governador o Piauí (Foto: Gilcilene Araújo/ G1)Wellington Dias durante entrevista ao G1
(Foto: Gilcilene Araújo/ G1)

Wellington Dias foi interrogado sobre o fato de na última década ter disputado várias eleições sem concluir os mandatos. Governador eleito em 2002, Dias disputou a reeleição em 2004 e em 2008 concorreu à Prefeitura de Teresina, mas perdeu para o candidato do PSDB, Silvio Mendes. Em 2010, Wellington deixa o executivo estadual para tentar a vaga de senador da república e nesta eleição volta a disputar a vaga no Palácio de Karnak.

Toda eleição requentam esse ponto e lamento isso. Estive lá no primeiro momento, com todo o governo socorrendo as vítimas e dando apoio. A vida não tem pagamento, não tem preço. O rompimento da barragem foi reconhecido como desastre natural e com isso ficou impossível fazer as indenizações. Mas temos o compromisso de sentar com as vítimas e garantir uma negociação"

“Sou um homem de um partido único na minha vida. Sempre que o PT cobrou essa necessidade de me colocar à disposição do povo eu me coloquei à disposição. Todas as candidaturas têm o objetivo de fortalecer um partido”, resumiu.

Sobre a ação penal por homicídio culposo que tramita contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo rompimento da Barragem Algodões, quando era governador, o candidato disse que muitos (adversários) estão querendo tirar proveito eleitoreiro. Wellington disse que se eleito pretende garantir uma negociação com as famílias das vítimas e retomar a construção da barragem.

“Toda eleição requentam esse ponto e lamento isso. Estive lá no primeiro momento, com todo o governo socorrendo as vítimas e dando apoio. A vida não tem pagamento, não tem preço. O rompimento da barragem foi reconhecido como desastre natural e com isso ficou impossível fazer as indenizações. Mas temos o compromisso de sentar com as vítimas e garantir uma negociação”.

Durante 30 minutos, Wellington Dias respondeu a perguntas de internautas e do portal, em entrevista conduzida pelo jornalista Marcos Teixeira, da TV Clube. A ordem dos candidatos na série de entrevistas (veja ao final desta reportagem) foi definida por sorteio na presença de representantes dos partidos de todos os candidatos.

Saúde
Dias falou que pretende resolver a questão da baixa resolutividade dos hospitais regionais e evitar o caos no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), hoje principal porta de entrada para emergência e urgência no estado, trabalhando em parceria com os municípios e garantindo o repasse de recursos. O candidato também falou da necessidade de colocar em funcionamento unidades de saúde já prontas, mas que permanecem fechadas.

“Há uma forma de medir como estão os atendimentos que é o Sistema único de Saúde (SUS). Quando assumimos o governo pela primeira vez eram realizados 7 milhões de procedimentos, sendo 5 milhões na capital. Quando deixamos o governo esse número saltou para 22 milhões, sendo 15 milhões na capital e 7 no interior. Na época os hospitais regionais realizavam exames. Deixamos o HUT pronto e um projeto para iniciar a outra etapa, mas não fizeram. Não era dessa forma que está hoje. Há unidades de pronto atendimento prontas e equipadas, mas não funcionam. Queremos fazer funcionar o que já existe e concluir as obras em andamento”, destacou.

G1 entrevista nesta segunda (25) o candidato Wellington Dias (Foto: Gilcilene Araújo)Wellington Dias durante entrevista ao G1
(Foto: Gilcilene Araújo)

Segurança
Sobre a insegurança que assusta os piauienses e ainda o déficit de 5 mil policiais no estado, Wellington Dias disse que faltou planejamento no governo anterior para resolver a situação.

“Em 2008 o Piauí era o estado com o menor número de homicídios e registrou 117 mortes. No ano passado, Teresina registrou sozinha 286 assassinatos e os dados desse ano já mostram que vai ultrapassar os 300 homicídios. Há uma falta de planejamento. Tem que fazer a opção e separar dinheiro para isso. Se a prioridade é contratar policiais, tem que separar dinheiro para isso. Quem governa não tem dinheiro para tudo, mas tem que ter a condição e coragem para fazer o que é prioritário. Eu quero fazer o que é prioridade para o povo. É preciso priorizar verbas para garantir uma política de paz, com escolas de tempo integral para crianças e adolescentes, condições de esporte, cultura e lazer”.

Obras paradas
Wellington Dias também voltou a falar da falta de planejamento e competência quando questionado sobre obras inacabadas que foram deixadas ao final do seu mandato em 2009, como a reforma do Centro de Convenções em Teresina e o Aeroporto de São Raimundo Nonato e que até hoje permanecem sem conclusão.

“No meu governo tivemos as prestações de contas aprovadas. Fizemos 10.400 obras e programas. No interior do estado havia 570 mil pontos com energia e chegamos a 1 milhão de domicílios com fornecimento de luz elétrica e recuperamos rodovias. A Potycabana, por exemplo, ficou encaminhada e com dinheiro garantido. Ajudamos a concluir a Ponte Estaiada, HUT e garantimos recursos para o Hospital Universitário. A obra do Centro de Convenções é uma incompetência. Não conseguiram resolver o problema. Ter quatro anos e meio e não fazer é incompetência. Já sabemos que o estado está com obras paralisadas e sem dinheiro.  Queremos ser eleitos para dar sequencia à essas obras”, disse.

Internauta
Dias também respondeu perguntas de internautas. Ricardo Dantas, de Teresina, quis saber do candidato quais são os projetos para o Terminal Rodoviário Lucídio Portela, que segundo ele está abandonado pelo poder público.

“Quando governador fizemos a reforma na rodoviária melhorando banheiros, espaços das lanchonetes e pontos de táxis. O terminal vai receber novo investimento para melhorar a iluminação, segurança e entrar em outro contexto com a integração de linhas de ônibus”, garantiu.

Os próximos entrevistados da série do G1 com os candidatos a governador são os seguintes:

1ª Rodada:
- 26 de agosto: Daniel Solon (PSTU)
- 27 de agosto: Lourdes Melo (PCO)
- 28 de agosto: Zé Filho (PMDB)
- 29 de agosto: Neto Sambaiba (PPL)
- 30 de agosto: Maklandel (PSOL)
- 1º de setembro: Mão Santa (PSC)

2ª Rodada:
- 22 de setembro: Neto Sambaiba (PPL)
- 23 de setembro: Mão Santa (PSC)
- 24 de setembro: Lourdes Melo (PCO)
- 25 de setembro: Maklandel Aquino (PSOL)
- 26 de setembro: Zé Filho (PMDB)
- 27 de setembro: Daniel Solon (PSTU)
- 29 de setembro: Wellington Dias (PT)

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