03/03/2015 06h05 - Atualizado em 03/03/2015 06h05

Prefeitura no Oeste de SC suspende aulas devido à falta de produtos

Não há água mineral, alimentos e combustíveis em São Miguel do Oeste.
Aulas em creches e escolas estarão suspensas enquanto houver bloqueios.

Do G1 SC

Aulas de creches e ensino fundamental estão suspensas (Foto: São Miguel do Oeste/Divulgação)Aulas de creches e ensino fundamental estão suspensas (Foto: São Miguel do Oeste/Divulgação)

A Prefeitura de São Miguel do Oeste, no Oeste de Santa Catarina, decidiu suspender as aulas na rede municipal a partir desta terça-feira (3). O motivo é o desabastecimento de diversos itens na cidade causado pela paralisação dos caminhoneiros no estado.

Segundo a prefeitura, não há água mineral, alimentação escolar, gás e combustível. A falta do último item afeta o transporte escolar de alunos e também de servidores que moram em outros municpios da região.

Veja os pontos bloqueados por caminhoneiros no país

A decisão foi tomada em reunião na segunda-feira (2) e afeta as aulas em creches e escolas do município. Segundo a secretária de Educação, Silvia Kuhn, caso o movimento pare nesta semana, a Secretaria não deve retomar as aulas imediatamente.

 

“Quando for decidido sobre a retomada das aulas, a Secretaria estará divulgando nos veículos de comunicação. Por isso, pedimos que os pais e familiares fiquem atentos às informações”, observa a secretária.

Na quinta-feira (26), a Secretaria de Educação havia autorizado a paralisação das aulas nas escolas do campo, pois os estudantes dependem o transporte escolar.

Comboios
Chegaram nesta segunda-feira (2) noterminal retroportuário de Itajaí, os primeiros comboios de cargas e alimentos e combustível escoltadas pela Polícia Militar.
Conforme a PM, o primeiro comboio de alimentos saiu de Campos Novos, com 18 caminhões, sábado (28). Eles desembarcaram os contêineres no domingo (2).

Neste dia, outros dois comboios saíram de Apiúna, no Vale do Itajaí, e de Itapiranga, no Oeste catarinense. O primeiro transportava, principalmente, combustível para veículos que prestam serviços essenciais. O segundo, era composto por 23 caminhões com carne suína e de frango.

Cada conteiner refrigerado carregava, em média, 25 toneladas de alimentos, segundo informado pela gerência do terminal que recebeu a carga. Os equipamentos foram ligados nas tomadas e devem ficar aguardando disponibilidade de escala de navios e de transporte terrestre, para serem enviados para os destinos.

Comboios amenizaram perdas da indústria
O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias e Derivados de Carne do estado (Sindicarne), Ricardo de Gouvêa, afirma que os comboios ajudaram a reduzir prejuízos da agroindústria. Com eles, foi possível reduzir a quantidade de alimentos estocados nas câmaras frias e retomar a produção em alguns locais.

Comboio escoltado seguia por Xaxim às 14h (Foto: Gilmar Fochessato/ RBS TV)Último comboio escoltado saiu de Itapiranga, com carne suína e de frango (Foto: Gilmar Fochessato/ RBS TV)

 

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