Jean Paul Prates
Roque de Sá/Agência Senado - 21/12/2022
Jean Paul Prates


O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tem buscado resolver a crise que envolve a estatal, mas seus esforços parecem esbarrar em obstáculos. Recentemente, Prates convidou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), para um jantar em Houston, visando reconciliar suas diferenças e encerrar o conflito que os tem envolvido. No entanto, foi completamente ignorado pelo ministro.

O convite para o jantar foi uma tentativa de Prates de estabelecer um diálogo construtivo com Silveira e superar as divergências que têm afetado a relação entre a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia.

No entanto, mesmo com uma mesa reservada para os dois, Silveira optou por não comparecer, conforme informações divulgadas pela jornalista Daniela Lima.

Segundo relatos da Folha de S.Paulo, Prates teria ouvido comentários de pessoas próximas ao ministro, sugerindo um tom de deboche em relação ao convite para o jantar.

Esse comportamento por parte de Silveira foi interpretado pelo presidente da Petrobras como uma falta de interesse em resolver os conflitos existentes entre eles.

As divergências entre Prates e Silveira remontam às discussões sobre a política de preços da Petrobras, um tema sensível que tem gerado atritos entre a estatal e o Ministério de Minas e Energia.

Petrobras pagará dividendos

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu nesta quinta-feira (4) que pagará metade dos dividendos da Petrobras, uma decisão que diminui um período de tensão com o presidente da estatal.

A responsabilidade de apresentar a proposta para a assembleia ficará a cargo do conselho de administração da Petrobras, que tem a palavra final sobre o assunto. A reunião do grupo está marcada para esta sexta-feira (5), embora o tema ainda não esteja em pauta.


A decisão da Petrobras em março de não distribuir os dividendos extraordinários entre os acionistas teve um impacto negativo significativo no mercado, resultando em uma perda de R$ 55,3 bilhões em valor para a companhia.

Jean Paul Prates, que nunca teve unanimidade em seu cargo, viu seu prestígio com o presidente Lula diminuir. Alguns membros do governo defendem uma possível troca no comando da Petrobras, o que tem deixado o chefe da empresa incerto sobre seu futuro.

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