As cidades de Água Clara e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, registraram temperaturas máximas de 42,5°C às 14h (de MS) desta sexta-feira (17) e bateram recorde histórico de calor, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A sensação térmica chegou a 47°C nos municípios.
Em Água Clara, esse é o registro mais alto desde o início das medições no município, em 2010. O recorde anterior havia sido registrado no dia 14 de outubro, quando os termômetros marcaram 41,7°C.
Já em Três Lagoas, o recorde anterior foi registrado no dia 15 de outubro de 2014, quando a máxima chegou a 42,2°C
Outros seis municípios de Mato Grosso do Sul registraram temperaturas acima de 40°C na tarde desta sexta-feira. Porto Murtinho atingiu a máxima de 41,2°C; Rio Brilhante e Maracaju, 40,9°C; Juti, 40,5°C; Cassilândia, 40,2°C e Dourados, 40,1°C. Em campo Grande, a máxima foi de 39,2°C.
A previsão é que a onda de calor continue até o domingo (19). Conforme a meteorologia, o fenômeno tem provocado temperaturas históricas no estado. A umidade relativa do ar tem registrado índices abaixo de 20%, considerado estado de alerta.
Alta pressão atmosférica
Conforme o Inmet, um sistema de alta pressão em altitude está centrado no estado e impede a formação de nuvens, a chegada de frentes frias e a entrada de umidade vinda da Amazônia.
A previsão é que esse sistema de alta pressão comece a enfraquecer no domingo e as temperaturas comecem a diminuir entre a próxima segunda (20) e terça-feira (21).
O meteorologista Franco Villela disse que é normal haver calor no mês de outubro e que na transição da primavera ocorrem os picos de temperatura, devido ao sol mais forte, mais alto e com maior tempo de duração.
Chuva
Ainda de acordo com o Inmet, pancadas de chuvas fracas e isoladas foram refistradas nesta sexta em Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, São Gabriel do Oeste, Rochedo e Bandeirantes. A previsão é que no domingo ocorram pancadas de chuva isoladas no sul do estado, com possibilidade de chuva na capital sul-mato-grossense.
Umidade relativa do ar
Conforme o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), a baixa umidade do ar pode provocar complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, sangramento pelo nariz, ressecamento da pela, irritação dos olhos, eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos e aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas.
A orientação é para a população evitar exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h; umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água; permanecer em locais protegidos do sol; evitar aglomerações em ambientes fechados; usar soro fisiológico para olhos e narinas e consumir bastante água.