Moradores de sete municípios da Região Central do Rio Grande do Sul passaram a pagar a tarifa de luz mais cara de todo o Brasil, segundo ranking divulgado nesta terça-feira (24) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Nova Palma Energia, que fica na cidade de Faxinal do Soturno, distribui energia para 15 mil unidades consumidoras e cobra 0,57241 por quilowatt-hora. O valor é quase 20% mais caro em comparação ao praticado por outras concessionárias.
Segundo a concessionária, os cálculos que estabelecem os valores são feitos pela Aneel. E o que pesa é a alta do preço da energia na Hidrelétrica de Itaipu e os 1,5 mil quilômetros de redes em áreas rurais. “São 24 mil postes. É uma área extensa rural. E como se não bastasse, são áreas de serrarias”, justifica a presidente da concessionária, Marisa Bozzetto.
Com a luz mais cara, a população precisou mudar de hábitos, como aproveitar ao máximo a luz do dia, manter as janelas sempre abertas e diminuir o uso de aparelhos eletrônicos como o rádio e a TV, além de trocar lâmpadas por modelos mais econômicos.
Mas mesmo com toda essa economia, a conta da aposentada Dolores Dalmolin, que mora com a filha, chega a quase R$ 100. “É um horror, tem que economizar. É luz, é água, alimentação. E o salario de aposentado está cada vez menor”, lamenta.
Além da Nova Palma, outras duas companhias que atuam no Rio Grande do Sul estão entre as cinco com a tarifa mais cara do país. A Centrais Elétricas de Carazinho (Eletrocar), em terceiro lugar, e a Hidroelétrica Panambi (Hidropan), em quarto.