Na cerimônia de entrega do Emmy Internacional , o presidente do Grupo Globo, Roberto Irineu Marinho, recebeu o prêmio de Personalidade Mundial da Televisão. É o mesmo prêmio que o pai, o jornalista Roberto Marinho, ganhou em 1983.
A noite de gala em Nova York teve muitos rostos conhecidos do público brasileiro. Profissionais que ajudaram a escrever a história da Globo, que está prestes a completar 50 anos.
Além de premiar artistas e produções, o Emmy Internacional também é concedido a executivos que se destacaram na condução de suas empresas. Este ano, o eleito na categoria Personalidade Mundial da Televisão foi o presidente do Grupo Globo, Roberto Irineu Marinho.
Casado, pai de quatro filhos, Roberto Irineu começou a carreira aos 18 anos, em 1965, nas oficinas do jornal "O Globo" e um ano depois passou para a redação. Em 1978, com 31 anos, foi para a TV Globo, como vice-presidente executivo. São desse período, o lançamento do Telecurso, da Globosat, a construção do Projac e da sede da Globo em São Paulo, além da criação da Globo.com.
Em 2002, assumiu a presidência executiva do Grupo Globo. Em 2003, com a morte de Roberto Marinho, acumulou essa função com a de presidente do conselho de administração.
A premiação foi apresentada por Rupert Murdoch, líder de um conglomerado de empresas de comunicação na Austrália, no Reino Unido e nos Estados Unidos. Murdoch relembrou o jornalista Roberto Marinho, que ganhou o mesmo Emmy Internacional em 1983. "Doutor Roberto foi um grande visionário. Ele estabeleceu os mais altos padrões éticos para todos os seus empreendimentos", disse Murdoch.
O troféu foi entregue a Roberto Irineu Marinho pelos atores Glória Pires e Milton Gonçalves. No discurso, em inglês, o presidente do Grupo Globo agradeceu à academia. E dividiu o prêmio com a família e os funcionários do Grupo.
“Sem meus irmãos nada disso seria possível. Nós somos realmente um conjunto de três, muito unidos. Nós decidimos as coisas juntos, nós trabalhamos juntos, e se eu por acaso ocupo o cargo de presidente é porque eles resolveram que eu devia ir para essa posição. A televisão é feita por um time, um time de talentos, um time talentoso, trabalhando junto, apontando. Sempre se renovando, sempre renovando as ideias. Papai dizia é que é uma redescoberta diária, uma renovação diária que é necessária para se fazer televisão. E eu acho que esse time que nós temos hoje na Globo é um time campeão”, afirma Roberto Irineu Marinho, presidente do Grupo Globo.
“Eu acho que a gente está premiando quem está aí, quem preside com muito carinho, com muito afeto e que mantém aquela nossa capacidade de realização do produto da televisão e o Roberto Irineu Marinho é um homem muito delicado, um homem muito gentil. Ele e os irmãos, evidentemente”, disse Milton Gonçalves, ator.
“Foi sem dúvida uma noite especial. Primeiro com a vitória de 'Joia Rara', uma novela que é a paixão do brasileiro e, certamente, cada vez mais ganha o mundo, com esse gênero. E segundo pelo reconhecimento ao trabalho de Roberto Irineu Marinho e, por consequência, de seus irmãos de levar adiante o legado de Roberto Marinho, que sempre se preocupou em ter uma televisão ética, preocupada com a renovação, com produtos de alta qualidade e que estivesse cada vez mais próxima do espectador”, afirmou Carlos Henrique Schroder, diretor-geral da TV Globo.
Agora, a Rede Globo tem 12 prêmios Emmy Internacional. No ano passado, foram premiadas a novela "Lado a Lado", de João Ximenes Braga e Claudia Lage. E a atriz Fernanda Montenegro, pela atuação no especial "Doce de Mãe".
Em 2012, a Globo ganhou na categoria comédia, com "A Mulher Invisível", uma coprodução com a Conspiração Filmes. E também com "O Astro", a nova versão da novela de Janete Clair.
Em 2011, "Laços de Sangue", uma coprodução com a SIC, exibida em Portugal, venceu na categoria telenovela. No mesmo ano, o Jornal Nacional foi premiado com o Emmy de Jornalismo, na categoria notícia, pela cobertura da invasão do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
Em 2009, a vitória foi da novela "Caminho das Índias", de Glória Perez.
Em 1983, o jornalista Roberto Marinho recebeu o prêmio de Personalidade Mundial da Televisão.
"Morte e Vida Severina" venceu em 1982.
E o primeiro Emmy veio em 1981, com "A Arca de Noé".