Suspeitos invadiram e furtaram a Escola Estadual Rocha Leal, no bairro São José, em Guajará-Mirim (RO), município a 330 quilômetros de Porto Velho, na madrugada desta sexta-feira (27). Segundo a diretora da unidade, esta é a 15ª vez em um cerca de um ano que a escola é vítima de vandalismo. Paredes riscadas, merenda e equipamentos eletrônicos foram furtados e destruídos pelos bandidos. A Polícia Civil investiga o crime.
Quando funcionários chegaram ao colégio nesta manhã os armários estavam arrombados, os alimentos usados na merenda foram furtados e jogados no chão, monitores estavam espalhados pelo pátio. Até a bandeira do Brasil adquirida há poucos dias foi retirada de onde estava guardada e jogada no piso do corredor. Em várias paredes, os vândalos escreveram os números 155 e 157, que fazem alusão aos artigos do código penal de furto e roubo. As ferramentas utilizadas no arrombamento foram deixadas na escola.
referentes a crimes de furtos e roubo nas paredes
(Foto: Jéssica Olinda/Rede Amazônica)
Cansada da rotina de furtos, a diretora da escola diz esperar uma atitude do governo estadual para combater a onda de crimes no local. Quase sem equipamentos após toda a sequência de violência, os prejuízos são grandes. "Eu espero que o governo contrate vigias, pois na época que eles trabalhavam aqui não acontecia isso. Fizemos a licitação para colocar sensores, mas até agora nada e não temos posição. Todos nós estamos amedrontados. O zelador quando chegou aqui, os professores que planejaram, mas não conseguiram dar aulas", conta Leonice Melo.
Em visita ao município no início de fevereiro, o governador Confúcio Moura falou sobre a constante situação de furto nas escolas do município e prometeu resolver a situação com a contratação de empresas de vigilância. "Vamos descentralizar. Cada escola vai contratar uma empresa de segurança eletrônica para instalar câmeras de segurança, painéis de computadores, alarmes e a empresas que tem guardas armados darão atendimento rápido para impedir os danos contra as escolas. É muito feio um cidadão depredar uma escola. É vergonhoso", disse o governador.
As aulas do turno da manhã foram suspensas pelo ato de vandalismo e falta de merenda, mas no turno da tarde a escola voltou a funcionar normalmente.