29/01/2015 16h33 - Atualizado em 29/01/2015 16h33

Governo de PE propõe gratificação policial por desempenho individual

Mudança nas remunerações visa incentivar atuação da categoria.
Nova regra precisa ainda ser votada na Alepe.

Do G1 PE

Secretários Danilo Cabral e Alessandro Carvalho fizeram anúncio da mudança na gratificação (Foto: Katherine Coutinho / G1)Secretários Danilo Cabral e Alessandro Carvalho
fizeram anúncio da mudança na gratificação
(Foto: Katherine Coutinho / G1)

Os policiais civis e militares de Pernambuco podem passar a receber gratificação individual por desempenho, ao invés do modelo anterior, que bonificava de acordo com a unidade à qual o policial faz parte. O anúncio da proposta de mudança nas gratificações foi feito nesta quinta-feira (29), na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), no Recife.

A alteração nas Gratificações do Pacto Pela Vida (GPPVs) precisa ainda ser enviada para aprovação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), uma vez que propõe uma mudança na lei. A expectativa do governo é de que o projeto seja votado na Alepe ainda neste mês de fevereiro, uma vez que deve ser enviado em regime de urgência.

O objetivo é principalmente estimular individualmente os agentes de segurança. "Esse conjunto de medidas é fruto de um processo de escuta das áreas internas. As medidas já dialogam pelo interesse apresentado pelas corporações", aponta o secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral.

Para os policiais que atuam nas equipes de Malhas da Lei, cada mandado de prisão cumprido vai render ao policial ou equipe envolvida de R$ 80 a R$ 400, dependendo do tipo de prisão - se a pessoa era uma das mais procuradas do estado, se cometeu algum homicídio e assim por diante. Esse é um prêmio mensal.

Na área de combate aos entorpecentes, os 50 policiais civis e 50 militares que mais apreenderem crack, cocaína e pasta base de cocaína vão receber, cada um, R$ 1.000. Do 51º ao 100º colocados em apreensão, o bônus vai ser de R$ 500, enquanto aqueles que ficarem entre 101º e 150º, recebem cada um R$ 250, totalizando 300 policiais civis e militares.

O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, explica que a escolha pela droga é devido à violência decorrente da venda e uso da mesma. "A preocupação maior é com as drogas que levam, pela estatística que temos, a um cometimento maior de crimes. Maconha é uma droga, mas não está aí. O que a gente vê no dia a dia, seja por que usou a droga e foi cometer o crime depois, ou há uma disputa de área ou cobrança de dívida. A droga principal é o crack, mas como o crack é uma forma da cocaína, ela entra no ranking", aponta.

O bônus por apreensão de arma de fogo vai ter o primeiro reajuste, desde 2007. Atualmente, a recompensa varia de R$ 300, para armas de fogo curta e semiautomáticas, por exemplo, a R$ 1.500, por armas de uso restrito, como fuzil. A proposta é de que as bonificações sejam de R$ 700 a R$ 2 mil.

Prêmio de Defesa Social
Os profissionais recebiam uma premiação cada vez que o estado de Pernambuco atingia a meta de redução de homicídios. Em 2014, o estado teve um aumento dos assassinatos, mas algumas áreas integradas de segurança, como Salgueiro, conseguiram cumprir a meta de maneira expressiva. "Em 2014, cinco áreas integradas atingiram a meta e não receberam bônus porque o estado não conseguiu atingir a meta. Com a alteração, eles passam a receber um bônus por ter cumprido", aponta Cabral.

Na prática, os policiais civis e militares só recebiam a bonificação geral caso o estado cumprisse a meta do Pacto Pela Vida. Com a alteração, o Prêmio de Defesa Social (PDS), pago semestralmente, passa a ser por área de atuação, com um bônus especial para quando a meta estadual for cumprida. "Agora, 75% do valor é vinculado ao desempenho local e 25% vinculado ao desempenho do estado. Ele atingindo a meta local, ajuda a construir a tabela geral do estado", aponta.

A faixa de bonificação começa quando 6% da meta é atingida, chegando aos 12% de redução de homicídios previsto pelo Pacto. Para oficiais, delegados, peritos criminais e médicos legistas, a nova proposta vê um pagamento de R$ 560 a R$ 2,4 mil, de acordo com a meta, enquanto a de praças, agentes, escrivães, auxiliares de peritos e de legistas e papiloscopistas recebem de R$ 320 a R$ 1.600. Além desse valor, pode haver um acréscimo de 25% caso o estado atinja a meta de 12% de redução.

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