GUSTAVO NASCIMENTO
DIÁRIO DE CUIABÁ
Mato Grosso teve um aumento de 85% no número de mortes por gripe em 2014, numa comparação com o ano passado. Vinte pessoas morreram em decorrência da doença, entre janeiro e julho deste ano. Dezesseis casos foram por conta do H1N1, gripe A. Quatro mortes ainda estão sob investigação.
Segundo a SES, em 2013 e 2012, o Estado havia registrado apenas três mortes, sendo duas por conta do vírus H1N1. No mesmo período, em 2013, Mato Grosso havia notificado 105 casos de gripe e em 2012 foram 137 notificações.
Conforme o relatório da Secretaria de Estado de Saúde (SES), do dia primeiro de janeiro a 14 de julho de 2014, foram notificados 160 casos de ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Mato Grosso.
Segundo o relatório, foram confirmados 38 casos para Influenza H1N1, dois para Influenza H3 Sazonal, 58 casos positivo para Síndrome Respiratória Aguda Grave. A SES informou que outros 62 casos suspeitos SRAG estão sob investigação.
Cuiabá foi a cidade que mais registrou casos de H1N1, contabilizando 14 ocorrências confirmadas. Em seguida veio Várzea Grande e Tangará da Serra (241 km da Capital) com cinco registros cada uma. Campinápolis (552 km da Capital) e Rondonópolis (216 km da Capital) tiveram três casos confirmados. Paranatinga (342 km da Capital) contabilizou dois e Tapurah (390 km da Capital), Guarantã do Norte (731 km da Capital), Jaciara (144 km da Capital), Comodoro (597 km da Capital) e Juara (641 km da Capital) tiveram um caso cada.
Dos 20 óbitos por gripe, 16 foram por H1N1. Cuiabá registrou cinco mortes, Tangará da Serra três e Várzea Grande, duas. Comodoro, Rosário Oeste (104 km de Cuiabá), Tapurah, Jaciara, Guarantã do Norte e Paranatinga registraram uma morte, cada.
Dos quatro óbitos que continuam em investigação, dois são de Cuiabá, um em Juscimeira (159 km da Capital) e um em Rondonópolis.
Prevenção A SES informou que além das vacinas, a maior prevenção para não contrair a doença continua sendo a higiene. As pessoas devem lavar as mãos com frequência, em especial ao retornar para casa, antes de preparar ou consumir qualquer alimento, antes de qualquer serviço, depois de tossir ou espirrar e após usar o banheiro. A lavagem das mãos deve ser feita com utilização de sabão, lavando inclusive os espaços entre os dedos e os pulsos, durante no mínimo uns 15 segundos, enxaguando e secando com toalha limpa.
A população também deve evitar aglomerações de pessoas e ambientes fechados, em especial na época de epidemia, evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies.
As crianças devem ter um cuidado especial por isso é recomendado lavar os brinquedos mesmo quando não estiverem visivelmente sujos; restringir contato de familiares portadores de doenças crônicas e de gestantes com o doente.
Os doentes devem utilizar de máscara para evitar a disseminação. Evitar sair de casa enquanto estiverem em período de transmissão da doença, por volta de cinco dias após o início dos sintomas.