Motociclistas de Ourinhos (SP) e região fizeram um protesto na praça de pedágio de Jacarezinho (PR) nesta segunda-feira (15). Eles cobram melhores condições de segurança após um acidente em que a passageira de uma moto morreu e o motociclista ficou ferido.
Durante o protesto, os motociclistas retiraram a corrente que impede a passagem de veículos ao lado do pedágio, e que causou o acidente no domingo (14). Eles afirmam que a corrente foi colocada no fim de semana para evitar que os motociclistas passassem pelo pedágio sem pagar. Para os motociclistas, o trecho deveria ter sido melhor sinalizado.
“Não deveriam ter colocados correntes e sim cones, as correntes nunca. O motociclista às vezes está com a viseira um pouco suja e não vai enxergar a corrente nunca”, afirma o comerciante, Henrique Coelho. A Polícia Rodoviária acompanhou a manifestação que foi pacífica. Os motociclistas deixaram o local após a chegada da perícia, que voltou a isolar a área com a corrente.
(Foto: Reprodução / TV TEM)
O acidente
O casal teria tentado passar sem pagar o pedágio por uma área da praça, localizada na divisa de São Paulo com o Paraná, que não tem cancela de cobrança. O motociclista, Eduardo Braga, de 33 anos, não teria visto uma corrente que impede a passagem de moto e se acidentou.
A corrente atingiu o condutor e depois ficou enrolada no pescoço da mulher dele, Gisele Alves Braga, de 35 anos, que morreu no local por asfixia. O motociclista está internado na Santa Casa de Jacarezinho com ferimentos no pescoço e não corre risco de morte.
As vítimas são de Campinas e participavam de um encontro de motos em Ourinhos, mas como não havia vagas de hotel na cidade, eles se hospedaram em Jacarezinho, cidade vizinha no norte do Paraná. O acidente aconteceu no domingo (14), quando iam ao último dia do evento.
Polêmica
A praça de pedágio no trecho da BR-369 gera polêmica há anos. Desde 2006, o Ministério Público Federal pede que a cobrança deixe de ser feita pela concessionária que administra a rodovia.
A ação civil pública pede a anulação da cláusula que permitiu a concessionária substituir uma praça de pedágio entre Adirá e Cambará, por duas em Jacarezinho sem licitação. Mas, uma liminar dada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em 2008 autorizou a empresa a continuar a cobrança até o julgamento da ação.