20/10/2014 11h45 - Atualizado em 22/10/2014 12h17

Professor diz que adolescente que decepou mão de aluno 'queria matar'

Agressor, de 14 anos, usou facão para atacar o estudante em São Gabriel.
Briga aconteceu dentro do colégio polivalente no último sábado (18).

Caetanno FreitasDo G1 RS

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Briga que decepou mão de jovem aconteceu no sábado (18) na Escola Estadual João Pedro Nunes, em São Gabriel (Foto: Elmo Neto/Arquivo pessoal)Briga  na Escola Estadual João Pedro Nunes, em São Gabriel (Foto: Elmo Neto/Arquivo pessoal)

O adolescente de 14 anos que decepou a mão de outro com um facão durante uma briga em uma escola de São Gabriel, na Região da Campanha, no Rio Grande do Sul, tinha a intenção de matá-lo, segundo o conselho de educação da Escola Estadual João Pedro Nunes, onde o fato aconteceu no último sábado (18) depois do ensaio da banda do colégio. Os alunos e professores estão assustados com a briga, que ainda não teve motivo esclarecido.

“O aluno que foi atingido tentou se defender levantando o braço. A mão dele foi decepada na hora. O agressor ainda tentou correr atrás do outro, queria matar ele mesmo”, explica ao G1 o presidente do conselho de educação do colégio polivalente, Jorge Carvalho.

O agressor vai prestar depoimento nesta segunda-feira (20) na delegacia do município e será responsabilizado, segundo o delegado Jader Duarte. “Ele vai se apresentar junto com o advogado tentar explicar o que aconteceu. Certamente vou ter de responsabilizar ele e encaminhar ao Ministério Público. Foi uma lesão gravíssima”, sustenta o delegado.

O adolescente de 16 anos que teve a mão decepada passou por cirurgia no Hospital Santa Casa e passa bem. Ele também deve ser ouvido nos próximos dias, quando tiver alta. O G1 tentou fazer contato com o advogado do adolescente responsável pela agressão, que não era aluno do colégio, mas ele não foi localizado.

O motivo da briga entre os dois ainda é desconhecido. Por enquanto, os docentes apenas lamentam o ocorrido. “Várias brigas tem acontecido em escolas. Nós professores estamos nos sentido acuados. Às vezes os pais nos proíbem de tomar algumas atitudes e ficamos de mãos atadas”, desabafa o professor.

Carvalho acredita que a escola não tenha responsabilidade pelo ocorrido. “Não foi uma falha na segurança. A escola nem estava funcionando. Ela fica aberta aos sábados para outros eventos, como ensaios, atividades esportivas. Além disso, nosso terreno é muito grande, não tem como cuidar tudo”, diz o professor.

 

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