25/11/2014 12h16 - Atualizado em 25/11/2014 12h16

Região de Curitiba zera número de cidades com IDH muito baixo

Pesquisa mostra que municípios com IDH alto chegaram a 26%, em 2010.
IDH mede a qualidade de vida a partir da longevidade, renda e educação.

Do G1 PR

Curitiba (Foto: Divulgação/ Câmara de Curitiba)Região Metropolitana de Curitiba caiu uma posição
no ranking nacional de IDHM
(Foto: Divulgação/ Câmara de Curitiba)

Nos últimos dez anos, a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) zerou o número de cidades com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) muito baixo. O Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, divulgado nesta terça-feira (25), mostrou que, em 2000, 6% dos 29 municípios que compõem a região tinham o IDH no pior nível. Em contrapartida, o percentual das cidades com o indicador alto passou de 8% para 26%. A Região Metropolitana de Curitiba aparece no ranking das cinco localidades com melhor IDH, ficando em terceiro lugar com 0,783. A RMC perdeu uma posição, ao se comparar com IDH de dez anos atrás (0,698).

O IDHM é um índice composto por três das mais importantes áreas do desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). O IDHM vai de zero a um: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor. Entre zero a 0,499 o IDH é muito baixo. Já entre 0,7 e 0,799 é alto e de 0,8 a 1, muito alto.

As áreas que compõem o IDH, conforme os especialistas, representam a oportunidade de uma sociedade de ter vidas longas e saudáveis, de ter acesso ao conhecimento e de ter comando sobre os recursos de forma a garantir um padrão de vida digno.

Na RMC, as cidades com pior IDH em 2010 foram Rio Branco do Sul, Cerro Azul e Doutor Ulysses.

De acordo com os técnicos do Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro, responsáveis pelo Atlas, ao analisar o nível de desigualdade do IDHM entre as unidades da Região de Curitiba, percebe-se que, em termos absolutos, a diferença entre o menor e o maior IDHM era de 0,554, diminuindo para 0,410. Isso significa que as desigualdades sociais reduziram nos últimos dez anos.

IDH por áreas
O IDHM Educação, em 2000, era 0,565, passando, em 2010, para 0,701 na Região de Curitiba. Conforme o levantamento, este foi o índice com a maior variação absoluta, com aumento de 0,136. Para este item, leva-se em conta o percentual de pessoas com mais de 18 anos com Ensino Fundamental completo. Na comparação nacional, verifica-se que a Região de Curitiba ficou em quarto lugar. A campeã é a Região de São Luís.

Quando se fala em IDHM Longevidade, tem-se evolução de 0,793 para 0,853. A menor esperança de vida, como cita a pesquisa, é de 69,17, e a maior de 81,48 na região da capital paranaense. Já o IDHM Renda era de 0,759, em 2000, passando para 0,803. Em termos de renda, percebe-se uma diferença acentuada. A diferença vai de R$ 277,33 a R$ 4.645,60 e deixa clara as diferenças sociais percebidas nos bairros de Curitiba. Enquanto em algumas regiões, como o Água Verde, esboçam altos índices, outras, como o Tatuquara, sofrem com a falta de estrutura que reflete diretamente nos índices de longevidade, educação e renda.

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