23/11/2014 13h49 - Atualizado em 23/11/2014 14h33

Do Rio, mãe e filho fazem 'bate-volta'
para tentar vaga na Unicamp em 2015

Eles saíram à meia-noite de sábado (22) e chegaram às 6h10 em Campinas.
Após exame, voltam para a rodoviária; Estudante tenta Unicamp pela 2ª vez.

Do G1 Campinas e Região

Irani aguarda o filho para seguir viagem de volta para o Rio de Janeiro (Foto: Arthur Menicucci / G1)Irani aguarda o filho para seguir viagem de volta
para o Rio de Janeiro (Foto: Arthur Menicucci / G1)

A chance de uma vaga na Unicamp em 2015 começou a virar realidade muito antes da abertura dos portões para uma família do Rio de Janeiro. À meia-noite deste sábado (23), Irani Alonso Querino, de 46 anos, embarcou em um ônibus na rodoviária da capital fluminense com o filho de 18 anos, Matheus Querino, rumo à Campinas (SP). Eles chegaram às 6h10 e, sem muito descanso, se dirigiram ao campus da Universidade Paulista (Unip), no Swift, para a 1ª fase do vestibular 2015.

"Por conta da viagem ser muito longa, o Matheus não conseguiu descansar muito, mas está confiante", conta a mãe, que vai esperar o filho terminar o exame em frente ao local da prova.

O jovem já foi aprovado no curso de engenharia mecânica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde cursa o segundo período. Mas estudar na Unicamp é um sonho e, pela segunda vez, ele tenta vir para Campinas.

"Ele é muito perfeccionista. Pesquisou e viu que a Unicamp, no curso de engenharia, é mais bem avaliada", afirma Irani. A passagem de volta para o Rio já está garantida. Assim que a prova acabar, Irani e o filho seguem para a rodoviária campineira para embarcar no ônibus de 22h30, com chegada prevista no Rio às 6h20 desta segunda-feira (25).

Em 2013, Matheus prestou o vestibular para a Unicamp pela primeira vez na cidade de Belo Horizonte (MG). Apesar da viagem, a mãe diz que foi menos cansativo. "Temos parentes lá, ficamos na casa de uma tia. Como não tem mais prova lá esse ano, tivemos que vir para Campinas e fazer um 'bate-volta'", conta Irani. A família não tem parentes ou pessoas conhecidas e também não ficou hospedada em hotel na cidade do interior paulista.

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Afonso decidiu esperar término da prova no campus da PUC, em Campinas (Foto: Fernando Pacífico / G1 Campinas)Afonso decidiu esperar término da prova no
campus da PUC  (Foto: Fernando Pacífico / G1)

Espera de 5h
A dona de casa Magda Faria e o marido Afonso Andriolo decidiram permanecer em frente ao campus I da PUC-Campinas, na tarde deste domingo, enquanto a filha Gabriela, de 17 anos, participa da prova com intuito de conseguir uma vaga em arquitetura. A família deixou Varginha (MG) por volta das 7h e optou por ficar no local para evitar surpresas negativas com o trânsito na região. "É difícil, mas vale a pena. Prefiro não sair daqui", relata Magda. A família viajou 310 km para o exame.

Embora o filho Helder seja estudante de física pela universidade, a família nega intenção de mudar de cidade, caso a garota seja aprovada. "Eu não saio da minha cidade", brinca a dona de casa. O tom foi reforçado pelo marido. "A gente não gosta de muito movimento", ressalta.

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