CONFIRA PÁGINA ESPECIAL SOBRE OS 250 ANOS DE PIRACICABA

Foi fundada em 1767 como uma povoação e elevada à categoria de vila e, depois, constituição, antes de ser considerada uma cidade, o que aconteceu após petição do homem que se tornaria o primeiro presidente civil do Brasil.

Piracicaba, que se destaca entre as “mais inteligentes do Brasil”, segundo dados divulgados recentemente, foi precursora na industrialização e possui uma ligação forte com a cultura, o que fez com que fosse chamada de “Florença brasileira”. Confira algumas curiosidades sobre a cidade.

Em 1º de agosto de 1767 aconteceu a fundação oficial da povoação de Piracicaba, à margem direita do Rio Piracicaba onde, hoje está o Engenho Central e o bairro Vila Rezende. No local, segundo Leandro Guerrini em “História de Piracicaba em Quadrinhos”, “já se achavam estabelecidos com ranchos e roçados, hortas e pomares, numerosos pescadores e sertanejos”.

A fundação cumpriu as ordens do governador da Capitania de São Paulo, D. Luiz Antonio de Souza Botelho e Mourão que, em 24 de dezembro de 1766, determinou a fundação de seis novas povoações, entre elas, a de Piracicaba, cuja ordem foi dada a Antonio Correia Barbosa.

Porém, a determinação era que a povoação fosse fundada nas proximidades da foz do Piracicaba, no Tietê. Mas Antonio Correa Barbosa, de acordo com Guerrini, optou por um trecho “setenta quilômetros rio acima, nas imediações do Salto, onde já se achavam estabelecidos com ranchos e roçados, hortas e pomares, numerosos pescadores e sertanejos”. A povoação de Piracicaba era ligada a Itu, então cidade mais próxima.

Em 21 de junho de 1774, a povoação de Piracicaba se tornou freguesia e, assim, foi separada de Itu. No dia 10 de agosto de 1822, a Freguesia de Piracicaba se transformou em vila e recebeu o nome de Vila Nova da Constituição.

Já em 24 de abril de 1856, a Vila Nova da Constituição foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Constituição. Recebeu o nome de Piracicaba em 1877, após petição do então vereador Prudente de Moraes, que mais tarde seria o primeiro presidente civil do Brasil.

O nome do município vem do tupi e significa “lugar onde o peixe pára”, uma união das palavras pirá (peixe), syk (parar) e aba (lugar). É ainda uma referência às quedas do Rio Piracicaba, que bloqueiam a migração dos peixes.

Em 1900, Piracicaba era considerada a quarta maior do estado de São Paulo. Porém isso não impediu certa estagnação que a cidade enfrentou no século XX, após o fim do ciclo do café e as constantes quedas do preço do açúcar.

Para se reerguer, o município se tornou um dos primeiros do Brasil a se industrializar e investiu no setor metal mecânico e de equipamentos destinados à produção de açúcar. Nas últimas duas décadas, a economia de Piracicaba se diversificou, o que levou a cidade a retomar o crescimento.

Um estudo divulgado em junho e elaborado pela empresa Urban Systems destaca Piracicaba como a 31ª mais inteligente do Brasil. De acordo com a empresa, a colocação é resultado da conexão entre mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação com as áreas sociais.

Devido à importância que muitos artistas que realizaram trabalhos em Piracicaba e também alguns nascidos na cidade receberam no cenário artístico nacional e internacional, o município é chamado de “Atenas paulista” e “Florença brasileira”.

O jornalista e escritor Cecílio Elias Netto atribui o início das “belas artes piracicabanas” à ida de Miguel Archanjo Benício de Assunção Dutra à cidade em 1844. Entre suas importantes obras está o Passo do Senhor do Horto, realizada em 1873, no centro da cidade. Foi restaurado entre os anos de 2013 e 2014.

José Ferraz de Almeida Júnior foi considerado precursor da abordagem de temática regionalista, e obteve sucesso o retratar personagens simples e anônimos. Morreu em Piracicaba em 1899.

Na década de 1940, funcionários de uma marcenaria tinham o hábito de jogar futebol, durante o horário de almoço, num quintal onde as mulheres penduravam a roupa no varal. Na maioria das vezes, a bola batia nas roupas e as sujava, gerando brigas.

Para evitar problemas, os funcionários passaram a jogar bola em um pasto na Rua Regente Feijó. O local se tornaria o primeiro campo do Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba.