Vacina para doença de Justin Bieber custa até R$ 1.600 em Florianópolis; veja detalhes

Imunizante apresenta mais de 90% de eficácia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações

A vacina Shingrix, contra a herpes-zóster, chegou ao Brasil neste mês de junho. O vírus causador da doença do cantor Justin Bieber ganhou destaque mundial. As informações são da SBIM (Sociedade Brasileira de Imunizações).

Vacina contra a doença demonstra eficácia de mais de 90% – Foto: Reprodução/Instagram/NDVacina contra a doença demonstra eficácia de mais de 90% – Foto: Reprodução/Instagram/ND

A vacina pode ser importante, porém um levantamento feito pelo ND+ constatou que, em Florianópolis, os imunizantes chegam a custar R$ 1.600. Eles são aplicados em duas doses, com intervalos de 30 a 60 dias.

À aplicação, as clínicas têm oferecido pacotes de parcelas em até 12 vezes, além de descontos para pagamentos à vista ou no pix. Já quem precisa optar pelo cartão de crédito, apesar do número maior de parcelas, paga um valor maior. O preço nesses casos pode ficar em R$ 1,699.

Mais de 700 reais de diferença

O valor da vacina nos Estados Unidos é em média U$ 187,97. Na conversão atual do dólar o preço equivale a R$ 982. No total são R$ 717 a mais que o valor cobrado em Florianópolis, que pode chegar a R$ 1,699.

O preço da vacina americana foi levantado pelo ND+ e obtido no site “Single care” que traz descontos em serviços de saúde nos Estados Unidos.

Alta eficácia

A SBIM  explica em um documento que, anteriormente, a única vacina disponível para a doença era a Zostavaz, composta por vírus vivos atenuados. O novo imunizante utiliza vírus inativado e tem eficácia maior que 90%.

A vacina é importante para pessoas com imunossupressão, de acordo com a SBIM. Eles descrevem a nova tecnologia como “um novo e excepcional instrumento de prevenção contra o herpes-zóster para pessoas a partir de 18 anos com imunocomprometimento ou em outras situações de risco para herpes-zóster, como diabéticos”.

SBIm afirma que a vacina é um novo e excepcional instrumento de prevenção contra o herpes-zóster – Foto: Divulgacão/O Trentino/NDSBIm afirma que a vacina é um novo e excepcional instrumento de prevenção contra o herpes-zóster – Foto: Divulgacão/O Trentino/ND

Risco maior para quem tem mais de 50 anos

De acordo com a médica epidemiologista Ana Cristina Vidor, gerente da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, o risco é maior para quem tem mais de 50 anos.

“É mais comum na população idosa. Por isso, na maioria dos países que já aplicam esta vacina, o esquema é recomendado a partir dos 50 anos”, explicou.

A médica também explicou que as pessoas que já tiveram varicela (catapora), têm risco de ter herpes-zóster, especialmente após os 70 anos. “A doença ‘reativa’ em uma parte do corpo. As complicações ao tomar a vacina são raras, mas podem ser de difícil controle. Assim, pessoas acima de 50 anos e pessoas imunossuprimidas devem considerar usar a vacina, em conjunto com seu médico”, citou.

De acordo com a SBIm, os eventos adversos mais comuns são os locais (dor, edema e vermelhidão), geralmente de intensidade leve a moderada e são transitórios. Cansaço, calafrios, febre e mialgia são eventos adversos sistêmicos também descritos, que se resolvem com analgésicos comuns.

Recomendação também para imunossuprimidos

A vacina também é recomendada para quem tem mais de 18 anos e possui alguma imunossupressão. Como exemplo estão a diabetes, pessoas com HIV/AIDS e transplantados.

A SBIm explica também que não há experiência de uso em gestantes até o momento, portanto, a vacinação não está recomendada como rotina. Entretanto, vacinas inativadas, recombinantes e de subunidade não representam quaisquer riscos para as gestantes ou seus bebês. Ou seja, quando indicadas, podem ser usadas nessas situações.

Pessoas com a doença também podem se vacinar

A vacina inativada também é recomendada para pacientes que já apresentaram quadro da doença, segundo a SBIm. A entidade explica que, pela raridade de recorrência da doença em curto prazo, há sugestão de que a vacinação seja realizada a partir de seis meses após um episódio agudo de herpes-zóster.

Não há, porém, necessidade de aguardar esse prazo aos que optarem por recomendar a vacinação logo após a resolução do quadro, considerando o risco de perda de oportunidade vacinal, explica o documento.

Lesões na pele causadas pela doença foram fotografadas por americano – Foto: George Wesley/flickr/Divulgação/NDLesões na pele causadas pela doença foram fotografadas por americano – Foto: George Wesley/flickr/Divulgação/ND

Sintomas da doença

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas, na maior parte dos casos, antecedem lesões na pele. São eles:

  • Mal-estar;
  • Dores nos nervos;
  • Ardor e coceira locais;
  • Formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão, etc.);
  • Febre;
  • Dor de cabeça.

O que é a hespes-zóster

Segundo o Ministério da Saúde, a herpes, ou cobreiro, é uma doença causada pelo Vírus Varicela-Zóster (VVZ), o mesmo que causa também a catapora. Esse vírus permanece em latência durante toda a vida da pessoa. A reativação ocorre na idade adulta ou em pessoas com comprometimento imunológico, como os portadores de doenças crônicas (hipertensão, diabetes), câncer, Aids, transplantados e outras.

Há pacientes que desenvolvem, excepcionalmente, herpes-zóster após contato com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zóster, o que indica a possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente imunizado. É também possível uma criança adquirir varicela por contato com doente de zoster, explica o Ministério da Saúde.

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