Chefes de facções rivais na Líbia se reúnem em Paris para buscar solução à crise
Paris, 25 Jul 2017 (AFP) - O presidente francês, Emmanuel Macron, recebe nesta terça-feira (25) os líderes de duas facções rivais na Líbia, o marechal Khalifa Haftar, que controla o leste do país, e o primeiro-ministro do governo em Trípoli, Fayez el-Sarraj, em busca de uma saída para a crise.
Este será o segundo encontro entre Sarraj e Haftar em três meses, após a conversa em Abu Dhabi em maio.
A presidência francesa admitiu que não espera uma solução final ao conflito, mas buscará uma declaração conjunta para definir os princípios de uma saída da crise.
Fayez el-Sarraj, líder do frágil Governo de União Nacional (GNA), que conta com o reconhecimento da comunidade internacional, e o marechal Khalifa Haftar, que contesta sua legitimidade e acumula vitórias militares no terreno, devem chegar na parte da tarde no castelo de Celle-Saint-Cloud, propriedade do Ministério francês das Relações Exteriores.
Eles serão recebidos individualmente por Macron, antes de uma reunião tripartida na presença do novo emissário da ONU para a Líbia, Ghassan Salame, que assume suas funções esta semana.
A rivalidade política e os combates entre as milícias rivais impediram a Líbia de se recuperar do caos vivido no país desde a rebelião de 2011, que derrubou o ditador Muammar Kadhafi. Ele acabou assassinado.
O Governo de Unidade Nacional de Sarraj teve dificuldade para impor sua autoridade desde que começou seu trabalho em Trípoli, em março de 2016. A administração rival de Haftar, com sede no leste do país, não reconhece o governo de Sarraj.
Os serviços de Inteligência ocidentais temem que os extremistas do Estado Islâmico (EI) se aproveitem do caos para criar redutos na Líbia, à medida que estão sendo expulsos do Iraque e da Síria.
A Líbia também se tornou o ponto de partida de milhares de migrantes africanos que querem chegar à União Europeia (UE), viajando pelo mar até a Itália em embarcações precárias.
O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, disse ao jornal "Le Monde" em junho que a Líbia é "prioridade" para o presidente Macron.
Segundo fontes diplomáticas, a declaração que a França pretende fazer aprovar inclui o compromisso de rejeitar uma solução militar para a crise, assim como o reconhecimento da legitimidade política de Fayez al-Sarraj e militar de Khalifa Haftar.
bur-cf/meb.
Este será o segundo encontro entre Sarraj e Haftar em três meses, após a conversa em Abu Dhabi em maio.
A presidência francesa admitiu que não espera uma solução final ao conflito, mas buscará uma declaração conjunta para definir os princípios de uma saída da crise.
Fayez el-Sarraj, líder do frágil Governo de União Nacional (GNA), que conta com o reconhecimento da comunidade internacional, e o marechal Khalifa Haftar, que contesta sua legitimidade e acumula vitórias militares no terreno, devem chegar na parte da tarde no castelo de Celle-Saint-Cloud, propriedade do Ministério francês das Relações Exteriores.
Eles serão recebidos individualmente por Macron, antes de uma reunião tripartida na presença do novo emissário da ONU para a Líbia, Ghassan Salame, que assume suas funções esta semana.
A rivalidade política e os combates entre as milícias rivais impediram a Líbia de se recuperar do caos vivido no país desde a rebelião de 2011, que derrubou o ditador Muammar Kadhafi. Ele acabou assassinado.
O Governo de Unidade Nacional de Sarraj teve dificuldade para impor sua autoridade desde que começou seu trabalho em Trípoli, em março de 2016. A administração rival de Haftar, com sede no leste do país, não reconhece o governo de Sarraj.
Os serviços de Inteligência ocidentais temem que os extremistas do Estado Islâmico (EI) se aproveitem do caos para criar redutos na Líbia, à medida que estão sendo expulsos do Iraque e da Síria.
A Líbia também se tornou o ponto de partida de milhares de migrantes africanos que querem chegar à União Europeia (UE), viajando pelo mar até a Itália em embarcações precárias.
O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, disse ao jornal "Le Monde" em junho que a Líbia é "prioridade" para o presidente Macron.
Segundo fontes diplomáticas, a declaração que a França pretende fazer aprovar inclui o compromisso de rejeitar uma solução militar para a crise, assim como o reconhecimento da legitimidade política de Fayez al-Sarraj e militar de Khalifa Haftar.
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