Rio

Após início da ação das forças armadas, motoristas voltam a circular em áreas de risco no Rio

Agentes federais atuam na cidade desde a sexta-feira
Motorista Mário José Andrade Foto: Cíntia Cruz / Extra
Motorista Mário José Andrade Foto: Cíntia Cruz / Extra

RIO - A sensação de segurança tomou conta das principais vias expressas do Rio. No terceiro dia de ocupação do Exército, motoristas contaram que, aos poucos, estão voltando a circular em locais que antes ofereciam riscos.

-  Aqui você tem que passar muito rápido porque sente que tem gente te seguindo. Dois amigos meus já foram assaltados aqui. É um local com muito roubo de cargas - contou o empresário Fernando Pinto, de 53 anos, logo  após passar por abordagem dos militares na entrada do Arco Metropolitano, em Itaguaí, na Baixada Fluminense.

O engenheiro Rafael Amon, de 35 anos, também foi parado pelo homens do Exército no Arco Metropolitano, no primeiro dia que passou pela via. Ele elogiou a ação e disse que viu militares durante todo o percurso que fez:

- Moro em Jacarepaguá. Desde a Barra da Tijuca até aqui, vi o Exército nas ruas. Agora me sinto muito mais seguro. Eu estava evitando passar em alguns lugares à noite, como a Avenida Brasil. Agora já estou passando mais.

Na Linha Vermelha, altura de Duque de Caxias, também na Baixada, a blitz dos militares está sendo feita numa área com alto índices de roubos, segundo moradores.

- Aqui temos que estar o tempo todo em estado de alerta. Nessa mesma rua, na semana passada, a polícia atirou de fuzil contra um carro  roubado. Se o Exercício não estivesse aqui, eu não iria parar - disse o militar André Gonzaga Ribeiro, de 41 anos

Em diversos pontos da blitz, motoristas saúdam os militares e aprovam a operação.

Mas o motorista Mário José Andrade, de 55 anos, tem uma ressalva:

- Não adianta ficar só até as 17hh. Porque é das 17h à meia-noite que o bicho pega. Mas não há dúvida de que estamos nos sentindo mais seguros.

Na Avenida Brasil, os homens estão posicionados em áreas onde costumam ocorrer roubo de cargas, como os bairros de Irajá, Acari e Guadalupe, na Zona Norte.

Na altura do Shopping Via Brasil,  em Irajá, onde também há carros do Exército, é comum o assalto a pedestres, segundo o estudante Ronaldo Amaral, de 26 anos:

- Estou me sentindo mais tranquilo para passar aqui. Se não tivesse essa operação, não estaria andando por aqui com o celular na mão.

Hoje pela manhã o ministro da Defesa, Raul Jungmann, participou de uma reunião no Comando Militar Leste, no Centro do Rio, sobre a operação que vem sendo realizada no estado desde sexta-feira.