Florianópolis não vai reduzir intervalo de vacinas contra Covid-19; veja prazos

Secretário executivo do Ministério da Saúde afirmou na segunda (26) que o intervalo entre as doses da Pfizer seria reduzido para 21 dias no país

Após o Ministério da Saúde anunciar uma redução no intervalo de aplicação entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19, a Prefeitura de Florianópolis garantiu que manterá os prazos estipulados pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações).

“Os intervalos somente serão alterados com o envio de doses e orientação formal para a mudança”, afirmou em nota.

Florianópolis mantém intervalo de 12 semanas entre primeira e segunda dose da Pfizer – Foto: Heudes Regis/ SEI/ Fotos PúblicasFlorianópolis mantém intervalo de 12 semanas entre primeira e segunda dose da Pfizer – Foto: Heudes Regis/ SEI/ Fotos Públicas

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, havia dito nesta segunda-feira (26) que o intervalo entre as doses da Pfizer seria reduzido para 21 dias no país.

O anúncio foi feito pelo secretário a jornalistas, mas não foi informado quando a mudança iria ser colocada em prática. “Precisa ver qual é o melhor timing disso, mas que vai diminuir, vai”, disse.

Apesar disso, Florianópolis deve continuar aplicando a segunda dose do imunizante em 12 semanas.

“A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde, informa que irá seguir as definições do Programa Nacional de Imunizações (PNI) quanto aos intervalos entre as doses e demais recomendações técnicas, sob pena de responsabilidade futura, segundo palavras e recomendação do governo estadual e federal. Os intervalos somente serão alterados com o envio de doses e orientação formal para a mudança”, afirmou a administração da Capital em nota.

Confira o tempo de espera entre doses das vacinas

Pfizer: 12 semanas

A vacina fabricada pela farmacêutica Pfizer em parceria com a alemã BioNTech é a que tem o intervalo mais longo. São 12 semanas entre a aplicação da primeira dose e a segunda, que conclui a imunização.

O intervalo sugerido pelo fabricante é de 21 dias, exatamente como o Ministério da Saúde quer estabelecer. No entanto, este prazo foi estendido pelo Brasil e diversos países com base em pesquisas que apontam que a vacina já produz imunidade na primeira dose.

A controvérsia na redução do prazo é justificada pela falta de vacinas dos Estados para conseguir entregar as duas doses para toda a população. Como os critérios e datas ainda não foram definidas pelo governo, as 12 semanas de intervalo seguem valendo em todo o Brasil.

Astrazeneca: 10 semanas

A vacina da Astrazeneca é uma que já passou por mudanças no intervalo de doses. No início de julho, o Estado de Santa Catarina mudou o prazo para 10 semanas.

Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) justificou que a bula do fabricante diz “a segunda injeção pode ser administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira injeção”. Ou seja, a segunda dose poderia ser aplicada apenas um mês após a primeira.

Até então, o prazo também era de 12 semanas. Atualmente, portanto, quem recebeu a vacina Astrazeneca em Santa Catarina pode tomar a D2 (segunda dose) 10 semanas depois da primeira.

Coronavac: 28 dias

Já a Coronavac, que é produzida pelo Instituto Butantan, também requer duas doses, que devem ser aplicadas em um intervalo de duas a quatro semanas, segundo a bula, que foi aprovada com autorização de uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O intervalo utilizado em todo o Brasil é de 28 dias entre as duas doses.

Janssen: dose única

Por fim, vale lembrar que a quarta vacina contra a Covid-19 disponível no Brasil, a Janssen, não requer duas doses. É válido ressaltar também que o corpo precisa de cerca de 15 dias após a aplicação da dose para uma resposta imune adequada.

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