Gilvan reitera esforços para manter Diogo Barbosa e justifica saída: 'falta de recursos'

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
15/11/2017 às 20:53.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:43
 (Washington Alves/Lightpress)

(Washington Alves/Lightpress)

Depois de muito ser criticado por não evitar a venda do lateral-esquerdo Diogo Barbosa, que está de malas prontas para o Palmeiras, o presidente Gilvan de Pinho Tavares explicou à imprensa os motivos que levaram o clube celeste a não segurar o jogador para a próxima temporada.

De acordo com o ainda presidente da Raposa, que será substituído por Wagner Pires de Sá em janeiro do ano que vem, o o Cruzeiro não teve “poder financeiro” para segurar o atleta.

“Fomos obrigados a respeitar o contrato, pois não tínhamos dinheiro suficiente para cobrir esse valor, em um momento que para os clubes é o pior, meses (novembro e dezembro) de pouca receita e mais despesa”, disse.

Para manter Diogo Barbosa no clube, Gilvan de Pinho Tavares teria que cobrir a proposta do Palmeiras, que pagará ‎€ 6 milhões (R$ 23,4 milhões) por 100% dos direitos econômicos do lateral. Sem essa quantia, o presidente apenas comunicou aos membros da nova diretoria - que assumirá a partir de janeiro de 2018 – a liberação do jogador.

“Expusemos esse problema para a nova diretoria e eles (novos integrantes) disseram para não fazermos o negócio, porque eles conseguiriam um fundo de investimento para bancar o atleta. Eu disse que esperava que conseguissem, mas tinha um prazo de 48h para responder (que seria nesta quarta, mas como é feriado passou para quinta). Perguntei se eles conseguiriam nesse tempo, e a resposta foi que não tinha a menor possibilidade. Eles disseram que tentariam prorrogar o prazo (de negociação para manutenção do Diogo Barbosa), mas eu tentei isso e não consegui. Eles também não conseguiram”, explicou Gilvan.

Detentor de 25% dos direitos econômicos de Diogo Barbosa, o Cruzeiro receberá € 1,5 milhões (R$ 5,8 milhões) com a venda de Diogo Barbosa. A outra parte do acordo milionário será dividida entre o Coimbra, que detém 18% dos direitos, 12% do empresário Edson Favarini (que agencia a carreira do jogador), 25% do próprio Diogo Barbosa e 20% do agente Giuliano Bertolucci.

Como o Hoje em Dia noticiou, o Cruzeiro poderia, a partir de junho de 2017, adquirir mais 25% de Diogo Barbosa por € 1 milhão. No entanto, o clube não angariou recursos para tal. O que abriu precedentes para outros interessados aparecerem, principalmente pelas boas atuações do atleta.

Em contrato de empréstimo entre Cruzeiro e Coimbra Esporte Clube, gerido pelo Banco BMG, caso chegasse uma proposta igual ou superior a € 2,8 milhões pelo jogador, o Cruzeiro ou igualava o valor ou abria mão do atleta. O que de fato aconteceu.

“O Diogo (Barbosa) foi emprestado ao Cruzeiro em novembro de 2016, com uma cláusula de que o clube poderia exercer o direito de compra de 25% dos direitos econômicos do atleta por € 700 mil, em 10 parcelas de 70 mil euros. Durante a vigência do contrato constava que os direitos federativos e o restante dos direitos ficariam com o Coimbra e outros investidores. E que o contrato teria validade até dezembro de 2018. Nessa vigência o Cruzeiro teria opção de exercer o direito de adquirir mais 25% dos direitos por um milhão de euros. Ma o contrato consta que se chegasse uma proposta de qualquer clube, de qualquer empresário, de qualquer investidor para aquisição dos direitos econômicos do atleta pelo valor de € 2,8 milhões, o Cruzeiro teria que liberá-lo. Não tivemos condição de adquirir no período esses 25% para nos tornamos donos de 50% do atleta”, comentou, dando mais explicações.
“Mesmo que conseguíssemos os outros 25% e ficássemos com metade dos direitos do jogador, ainda assim quem detém os direitos federativos e os demais direitos poderia vender o atleta se chegasse valor € 2,8 milhões terímos que entregar o atleta. E tomaríamos prejuízo se comprássemos mais 25% na hora da venda”, completou Gilvan.

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