MP cassa os mandados de vereadores de São João do Paraíso e Rio Pardo de Minas

Paula Bicalho*
pbicalho@hojeemdia.com.br
07/08/2017 às 20:32.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:58

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu na Justiça cassar o mandado de dois vereadores do interior de Minas: uma de São João do Paraíso e outro de Rio Pardo de Minas, ambos no norte do estado.

A vereadora Irislane Barbosa Rodrigues Xavier (PP), conhecida como Lane da Meneghetti, sofreu a cassação do diploma e a inegibilidade por oito anos em São João do Paraíso. Representante de uma igreja, Lane foi acusada de abuso de poder econômico e exploração religiosa para conseguir votos e se eleger.

De acordo com a investigação, antes das eleições de 2016, a candidata teria se valido da estrutura da igreja evangélica da qual faz parte para promover atos de campanha e prometer serviços e favores aos fiéis em troca do voto. Uma gravação de áudio foi feita no local e deixaria evidente a tentativa de comprar votos.

Segundo a sentença, o áudio que acompanha a ação “evidencia de forma expressiva a realização da propaganda político-eleitoral” no interior da igreja e “a utilização do apoio do pastor que presidia a celebração para divulgar a sua candidatura, oferecer vantagem ilícita e pedir votos” afetando a igualdade de oportunidades entre os candidatos a vereador do município.

Rio Pardo

Já em Rio Pardo de Minas o vereador Cléssio Gomes Santana (PP), conhecido como Cléssio da Serra Nova, foi cassado e se tornou inelegível por oito anos, acusado de compra de votos e abuso de poder econômico. Um vídeo, anexado à investigação, teria demonstrado que, durante a campanha, o candidato montou um esquema de doação de materiais de construção e de dinheiro com o objetivo de se eleger.

Ouvida durante a apuração do caso, uma eleitora teria dito que, durante a campanha eleitoral, recebeu, do hoje vereador, R$ 300 reais em troca do voto. Depois, ela deu outra versão, a de empréstimo. Entretanto, uma outra testemunha afirmou ter presenciado a conversa do candidato com um eleitor pedindo votos e oferecendo material de construção.

A Justiça Eleitoral aceitou as provas apresentadas pelos promotores de Justiça Rogério Nascimento Toledo e Thiago de Paula Oliveira, que atuaram nos dois casos, para os quais cabem recursos.

* Com MPMG

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